18 fevereiro 2009

Alerta Constante

Para quem tem a memória curta,
aqui vai um excelente auxiliar!

10 fevereiro 2009

Está bem... façamos de conta

Ontem

Façamos de conta que nada aconteceu no Freeport. Que não houve invulgaridades no processo de licenciamento e que despachos ministeriais a três dias do fim de um governo são coisa normal. Que não houve tios e primos a falar para sobrinhas e sobrinhos e a referir montantes de milhões (contos, libras, euros?). Façamos de conta que a Universidade que licenciou José Sócrates não está fechada no meio de um caso de polícia com arguidos e tudo.
Façamos de conta que José Sócrates sabe mesmo falar Inglês. Façamos de conta que é de aceitar a tese do professor Freitas do Amaral de que, pelo que sabe, no Freeport está tudo bem e é em termos quid juris irrepreensível. Façamos de conta que aceitamos o mestrado em Gestão com que na mesma entrevista Freitas do Amaral distinguiu o primeiro-ministro e façamos de conta que não é absurdo colocá-lo numa das "melhores posições no Mundo" para enfrentar a crise devido aos prodígios académicos que Freitas do Amaral lhe reconheceu. Façamos de conta que, como o afirma o professor Correia de Campos, tudo isto não passa de uma invenção dos média. Façamos de conta que o "Magalhães" é a sério e que nunca houve alunos/figurantes contratados para encenar acções de propaganda do Governo sobre a educação. Façamos de conta que a OCDE se pronunciou sobre a educação em Portugal considerando-a do melhor que há no Mundo. Façamos de conta que Jorge Coelho nunca disse que "quem se mete com o PS leva". Façamos de conta que Augusto Santos Silva nunca disse que do que gostava mesmo era de "malhar na Direita" (acho que Klaus Barbie disse o mesmo da Esquerda). Façamos de conta que o director do Sol não declarou que teve pressões e ameaças de represálias económicas se publicasse reportagens sobre o Freeport. Façamos de conta que o ministro da Presidência Pedro Silva Pereira não me telefonou a tentar saber por "onde é que eu ia começar" a entrevista que lhe fiz sobre o Freeport e não me voltou a telefonar pouco antes da entrevista a dizer que queria ser tratado por ministro e sem confianças de natureza pessoal. Façamos de conta que Edmundo Pedro não está preocupado com a "falta de liberdade". E Manuel Alegre também. Façamos de conta que não é infinitamente ridículo e perverso comparar o Caso Freeport ao Caso Dreyfus. Façamos de conta que não aconteceu nada com o professor Charrua e que não houve indagações da Polícia antes de manifestações legais de professores. Façamos de conta que é normal a sequência de entrevistas do Ministério Público e são normais e de boa prática democrática as declarações do procurador-geral da República. Façamos de conta que não há SIS. Façamos de conta que o presidente da República não chamou o PGR sobre o Freeport e quando disse que isto era assunto de Estado não queria dizer nada disso. Façamos de conta que esta democracia está a funcionar e votemos. Votemos, já que temos a valsa começada, e o nada há-de acabar-se como todas as coisas. Votemos Chaves, Mugabe, Castro, Eduardo dos Santos, Kabila ou o que quer que seja. Votemos por unanimidade porque de facto não interessa. A continuar assim, é só a fazer de conta que votamos.
Mário Crespo (JN)

05 fevereiro 2009

Vergonha de RTP

O Caso Freeport e os comentadores -
A RTP prestou um mau serviço à Democracia
O País assistiu a uma edição do programa "Prós e Contras" na RTP que foi uma autêntica tentativa de lavagem do Primeiro Ministro , no caso Freeport.
Fátima Campos Ferreira convidou:1 - José Miguel Judice - Presidente da Assembleia Geral do BPP - banco que esta semana foi alvo de buscas pela PJ e pelo Mº Pº;1.1. - José Miguel Judice que foi escolhido por José Sócrates para presidir à reabilitação da Zona Ribeirinha do Tejo;1.2. - José Miguel Judice que foi mandatário de António Costa , do PS, nas eleições para a Câmara Municipal de Lisboa.2 - Dr. Raposo Subtil, amigo de José Sócrates , que exerceu o cargo de professor na UNI, a tal que fez José Sócrates "engº" e que entregou na Ordem dos Advogados uma declaração falsa para poder frequentar o estágio, em 1986;3 - O Secretário de Estado de José Sócrates que viabilizou o projecto Freeport e que em bom rigor terá de ser ouvido -resta saber em que qualidade - no processo Freeport.Como contraponto a estes apoiantes de José Sócrates - viram a virulência do discurso de Raposo Subtil? Mais parecia que estava numa luta entre os "super dragões " e os "no name boys", tal a ânsia de dizer que José Sócrates não é suspeito - temos o Prof. Amorim, o Prof, Saldanha Sanches e o Dr. Morais.Mas dos 5 comentadores principais 4 são pró-PS e pró-Sócrates.A participação no programa é tão pobre que ou faltou a aquiescência de figuras de vulto que podiam contrapor, ou então a RTP quis lavar a imagem pública do PS e de José Sócrates.O caso, todavia, é muito complexo e politicamente insustentável.Por mais que falem, os factos que vieram a público serviriam ,em qualquer país democrático, para o DCIAP já ter constituído arguidos.Nem sei do que está à espera!O Governo Português parece que se esquece que a investigação criminal está também a ser feita no Reino Unido.E que Portugal é um país sem poder nem força na União Europeia.Este programa serviu que nem uma luva para José Sócrates e o PS falarem ao Povo e "venderem"a sua versão.Mas o confronto não é apenas, não está apenas, nas mãos do DCIAP, do Mº Pº, está entre países e daí Cavaco Silva ter dito que ´caso Freeport é um "assunto de Estado".O programa "Prós e Contras" serve a estratégia do PS, mas destroi a credibilidade de Portugal no Mundo.Os ingleses estão a rir-se deste tipo de papalvices.Os portugueses não aceitam como suficientes as "explicações" dadas por José Sócrates, como se vê da sondagem publicada em :http://diario.iol.pt/politica/socrates-freeport-sondagem/1039162-4072.htmlO programa serviu para reforçar a tese de que é necessário dissolver a Assembleia da República, demitir Sócrates, fazer uma investigação pura e dura sobre o caso e responsabilizar quem tiver de ser responsabilizado.O Presidente da República não terá dúvidas que enquanto José Sócrates estiver como PM o Mº Pº não terá coragem de ir até ao fim.Cavaco Silva, que destruiu Santana Lopes , agora está calado, sem força, sem ter a conduta que é exigível: Dissolver a AR e convocar eleições.José Sócrates não pode continuar PM!Santana Lopes foi corrido de PM porque Cavaco Silva lhe carregou em cima, Marcelo Rebelo de Sousa saiu da TVI e porque um ministro disse umas coisas sobre coordenação!Cavaco Silva lembrou então a "Lei de Gresham" para destruir Santana Lopes e destruiu o PSD também, , dando trunfos ao PS.É incompreensível esta dualidade de critério do Presidente da República.Não escondo que não gosto do procedimento de Cavaco Silva, que no último mandato foi um péssimo PM, e que me preocupa a imagem negativa, provinciana, caciquista, medieval que vai passando de Portugal para o Mundo.A União Europeia ficará a saber destas estratégias que não resistem a um espírito informado.POR FIM: O PR deve sensibilizar o PGR para afastar a Drª Cândida de Almeida do DCIAP e do Processo Freeport. Porque os portugueses não são ígnorantes.Os portugueses merecem mais e melhor política.Por Portugal!
Artigo retirado com a devida vénia, do blog do Grande Alentejano e Advogado: José Maria Martins
A uns morrem-lhe as vacas;
a outros até os toiros lhe parem!!
Não é sr eng arq...da treta?????

04 fevereiro 2009

E se com tanta água, um dia a água acabasse?

O que se pede às empresas e às pessoas, face às alterações climáticas, é que poupem um recurso na realidade muito pouco renovável e que implicou elevadíssimos investimentos para ser colocado à disposição. E a mudança que se impõe é a da mentalidade POR GONÇALO CAVALHEIRO* © Ecoprogresso

É incontestável que dos impactes das alterações climáticas os mais fortes se farão sentir na quantidade e qualidade da água disponibilizada tanto para consumo humano como para outros usos absolutamente fundamentais para a vida e para a economia em todo o mundo, tais como a agricultura e indústria.Tanto o projecto SIAM (estudo cientifico sobre impactes das alterações climáticas em Portugal) como os relatórios do Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (órgão das Nações Unidas que congrega mais de mil cientistas de todo o mundo), apontam claramente que Portugal (no contexto da Península Ibérica) é das zonas do globo em que mais se fará sentir uma redução acentuada da precipitação média anual, que em certos modelos pode chegar aos 30%.Mas atenção que esta redução da precipitação média anual verifica-se apesar da projecção para o potencial aumento da precipitação (em particular no Norte) durante curtos períodos dos meses de Inverno. Assim sendo, a pouca chuva que teremos ser-nos-á disponibilizada, digamos… que toda de uma vez. Depois há que saber gerir, porque os verões serão longos, quentes e secos.As alterações climáticas vão colocar novos desafios a todos os actores: desde a administração (central e local), passando por todos os utilizadores – dos mais intensivos como a agricultura, indústria e lazer, aos menos intensivos, como o consumidor humano. Medidas que até agora só são implementadas em períodos de seca, têm que fazer parte do dia-a-dia, mesmo quando chove muito.O que se pede aqui às empresas e às pessoas é que poupem um recurso na realidade muito pouco renovável e que implicou elevadíssimos investimentos para ser colocado à disposição. E a mudança que se impõe é a da mentalidade. A tecnologia e o que é preciso fazer são medidas conhecidas por todos. Não podemos continuar a construir rotundas, plantar relva e regar a horas impróprias, com mecanismos desajustado e desafinados (aspersores que muitas vezes mais parece estarem a regar a estrada do que a relva); não podemos ter sistemas de distribuição de água com perdas que muitas vezes rondam os 50%; não podemos comprar autoclismos sem mecanismos de redução de caudal, nem máquinas de lavar roupa ou loiça que não economizam água; não podemos lavar o carro com água potável e nem sequer as ruas das nossas cidades; não podemos construir casas sem que estas estejam preparadas para recolher a água da chuva e não podemos esperar investir em sectores económicos intensivos no consumo de água sem que seja exigida a utilização das mais avançadas tecnologias de poupança e utilizações alternativas.A água tem um preço que a legislação comunitária obriga que seja cobrado na totalidade aos utilizadores. A cobrança do custo real é talvez a única forma que temos para garantir que no futuro, a água (ou a falta dela) não represente um custo impossível de suportar – o da sobrevivência das espécies (e quem sabe… da nossa).
*Gonçalo Cavalheiro é Director Técnico da Ecoprogresso

03 fevereiro 2009

Não se respira democracia!

Foi triste e degradante ver ontem o programa Prós e Contras da RTP, em que o tema de debate era o FREEPORT; pelo que presenciei na primeira parte (pois era impossivel assitir a tudo) era um jogo em que todos os jogadores eram da mesma equipa, e ainda pior do que isso todos chutavam para a mesma baliza, em democracia assitir a um espectáculo daqueles é degradante, triste, indecente e acima de tudo preocupante, pois queremos procurar a palavra DEMOCRACIA que esses senhores PS tanto apregoam e não a encontramos. Facto curioso era também as ordens que todos tinham para não mencionarem a palavra JOsé Sócrates, apenas podiam dizer: ex- ministro do ambiente....
É caso para dizer: A DEMOCRACIA NO SEU MELHOR!

02 fevereiro 2009

"O pior que pode acontecer a alguém em Portugal é ter razão contra os interesses instalados."
Miguel Sousa Tavares