25 maio 2009

Cartel San Fermin 2009


Da autoria de Angel Blanco

21 maio 2009

Sobre o Toureio....

Estes pontos foram enviados para o programa Aqui e Agora da SIC, quando o tema foi os direitos dos animais, óbviamente que foram ignorados, mas aqui há lugar para destaque:


"Não existe nenhum outro espectáculo (Tourada) em todo o Mundo em que um animal seja tratado com a máxima dignidade: Poder matar antes de morrer! Isto dá ao toiro um valor que não tem nenhum outro ser no reino animal."

"O toiro não morre, como não morre nenhum animal. O toiro "sucumbe", perde a vida; cái sobre ele a morte como cái a chuva sobre os campos; segundo a lei eterna das coisas efémeras. Ao toiro a morte não lhe causa angústia como ao ser humano; o Homem sim que morre, e fá-lo milhares de vezes antes de morrer."

" A festa dos toiros não está pensada para expressar o pensamento atávico e primário da violência; mas sim para dar-lhe um toque de expressão trágica, sofisticada e misteriosa."

" A tourada é uma reflexão estética sobre a morte. Os toureiros toureiam a morte, e assim mostram o seu imenso Amor pela Vida."

José M. Sanchez Pedraza

20 maio 2009

Assim se promove um País e as suas Tradições

Tenho o sonho de vir a ser Forcado...
19 de Maio, 2009


Sou natural de Coruche, frequento o 12º ano e pretendo ingressar no Ensino Superior no próximo ano lectivo. Tenho o sonho de vir a ser Forcado e de envergar a jaqueta do Grupo de Forcados Amadores de Coruche, com o qual tenho vindo a treinar desde o início da temporada transacta.
Conjuntamente com 7 colegas representei Portugal na 60ª Sessão Internacional do Parlamento Europeu dos Jovens, que decorreu entre 17 e 26 de Abril em Estocolmo, na Suécia - resultado de consecutivas vitórias nas Sessões Regional e Nacional. Liderados pelo Professor Álvaro Mayer, fomos seleccionados no início do presente ano lectivo de acordo com critérios como o de bom desempenho enquanto estudantes e facilidade nas línguas estrangeiras.
No dia seguinte ao da chegada, tive a oportunidade de me fardar de Forcado numa mostra dos fatos tradicionais de cada país. A partir dessa noite, dois sentimentos tornaram-se meus companheiros de jornada e não mais me largaram durante os extraordinários momentos que passei em solo escandinavo: Orgulho e Responsabilidade. Orgulho de representar a Vila de Coruche, o Ribatejo e um país de diversas realidades e tradições riquíssimas como o nosso e de envergar a jaqueta do Grupo da minha Terra num país tão distante, tendo como certo que ao fazê-lo estava pronto para assumir a responsabilidade de defender e promover a Festa dos Toiros perante mais de 200 jovens de 32 países. E assim foi: tudo começou nessa noite marcante, quando a timidez das primeiras horas desvaneceu-se à medida que dirigiam elogios à indumentária do Forcado, e mesmo sabendo pouco ou nada sobre o seu papel na Corrida de Toiros à Portuguesa, com verdadeiro entusiasmo me abordavam em busca de respostas às suas dúvidas e prosseguiam com interesse redobrado após a primeira explicação. As confusões com o procedimento seguido nas Corridas de Toiros do país vizinho foram uma constante que me preocupei em clarificar; enumerei as diferenças face à cultura de Toiros vigente em Espanha, de forma a destacar as nossas especificidades. Como seria de esperar, a acutilância das questões colocadas aumentava na directa proporção da minha eloquência enquanto transmissor da identidade luso-ibérica. E os pedidos de fotografias multiplicavam-se.
Não há dúvida que as Corridas de Toiros estão hoje na ordem do dia a nível internacional: não passou dia algum sem que um jovem deputado(a) ou organizador da Sessão me procurasse de modo a trocarmos pontos de vista, interrogar acerca de terminologia específica ou simplesmente para me dar a conhecer os seus argumentos - nos corredores do hotel, nas pausas para Café ou Almoço e mesmo no decorrer das actividades que principiavam ainda madrugada em Portugal e acabavam lá pela hora de jantar.
Nos últimos dois dias da nossa estadia em Estocolmo (aqueles sobre os quais incidiram mais fortemente os holofotes mediáticos e as expectativas dos participantes) realizou-se a Assembleia Geral, a parte do programa mais aguardada em cada Sessão Internacional. Estavam em discussão 15 moções propostas por 15 comités direccionadas para temas da actualidade europeia como a crise económica, os direitos humanos, o comércio internacional e as alterações climáticas. Outra das moções indagava acerca do respeito pelos direitos dos animais e apontava o dedo às Corridas de Toiros, comparando-a com experiências científicas efectuadas com animais vivos no Reino Unido pelo facto de ambas ignorarem os direitos dos animais. Antes de mais, de referir uma salutar diversidade de argumentos utilizados na defesa das Corridas de Toiros. Por outro lado, aqueles que estavam contra limitaram-se a exprimir frases que apelavam à compaixão e recusavam qualquer tipo de dor infligida aos animais, pelo que defendiam a extinção das touradas. E foi precisamente em reacção a um apelo à abolição de qualquer actividade que provoque dor aos animais, que usei da palavra: primeiramente aludi à ignorância evidente em grande parte dos detractores do que se passa numa Corrida de Toiros pela simples razão de que nunca assistiram a nenhuma; referi a importância de acreditar na sustentabilidade das tradições através dos séculos e demonstrei à Assembleia o simbolismo e a amplitude da Festa dos Toiros em Portugal, mas lembrando Espanha, França e México. À validade dos ” meus” argumentos ou ao empolgamento verdadeiro que existe quando se julga estar a protagonizar uma acção meritória na defesa de tudo o que nos é mais intrínseco, o auditório respondeu com ovação.
Esta viagem foi uma oportunidade privilegiada para perceber que a continuidade das nossas tradições depende sobretudo da força com que nos fazemos ouvir e da capacidade de aceder a canais privilegiados. Para além disso, é necessário fomentar o intercâmbio de conhecimentos e pessoas para que possamos criar condições para reunir consensos - espero com esta minha experiência ter dado um contributo para a divulgação da nossa Tauromaquia, de um Portugal rural que se quer ao nível dos desafios do século XXI e que se deve diferenciar por ser sinónimo de uma identidade ímpar no Mundo, criador de ecossistemas singulares, de Toiros e de Toureiros, e não significado de assimetrias ao nível do desenvolvimento regional.
João Mendes
(Publicado em www.tauromania.pt)

19 maio 2009



16 maio 2009

"Que cada um rejeite o poder destruidor do ódio e do preconceito que mata as almas antes de matar as Pessoas."
Papa Bento XVI

11 maio 2009

Asssim, sim!

Ponte de Lima vai preservar touradas
Apesar das críticas e de a vizinha Viana ser a primeira antitourada, autarca garante que enquanto houver adeptos haverá touradas.
Numa altura em que vários municípios se tornam antitouradas, Ponte de Lima está no lado oposto e garante que "quantos mais espectáculos que permitam a manutenção das tradições melhor".
Daniel Campelo, presidente da autarquia, diz que está até a construir um novo multiusos que poderá receber espectáculos tauromáquicos. Daí as críticas à proibição das touradas, como no vizinho concelho de Viana do Castelo. "Há pessoas que levam ao exagero determinados gostos, colidindo com os dos outros. Não devemos deixar-nos influenciar excessivamente por essas campanhas, às vezes feitas à revelia do interesse cultural das terras", disse ao DN.
A 20 quilómetros de distância, o município de Viana do Castelo tornou-se em Fevereiro no primeiro a declarar-se antitouradas. Cenário que, garante o autarca de Ponte de Lima, eleito pelo CDS/PP, não se repetirá na vila mais antiga de Portugal. "Deve existir um direito à preferência, seja um espectáculo ou o exercício da tradição. Em Ponte de Lima há adeptos dos touros e touradas, e quando são realizados estes espectáculos as praças esgotam", lembra Campelo.
Entre os eventos tauromáquicos da terra estão a tourada das Feiras Novas e a célebre largada da Vaca das Cordas. "Desde longa data que se realizam touradas cá. Se no futuro continuar a haver pessoas interessadas e se for possível organizar, naturalmente que vamos continuar a tê-las", garante o autarca, sublinhando tratar-se de "uma questão que deve ficar ao critério de cada um".
Paulo Julião (DN)

08 maio 2009

Sócrates à posta !!


Com a devida vénia do Blog www.fugaslusas.wordpress.com, aqui publicamos esta magnifica foto. È que com as ganas que lhe andamos; também nós queremos comer umas postas, e assim acabar com ele mais rápidamente...antes que seja ele a acabar connosco!!!

03 maio 2009

Touradas: Quase 700 mil espectadores em 2008

"O número de espectadores atingiu valores que já não se verificava há quatro anos", revela a Inspecção-geral das Actividades Culturais (IGAC). O Campo Pequeno lidera a lista das praças com maior número de público. ( Lusa)

O relatório da actividade tauromáquica de 2008 da Inspecção-geral das Actividades Culturais (IGAC ) contabilizou 698.142 espectadores de corridas de touros, dos quais 613.542 em praças fixas e 84.600 em recintos desmontáveis.
A
praça de touros do Campo Pequeno , em Lisboa, que inicia a temporada de 2009 na quinta-feira, recebeu mais de 122 mil pessoas na época passada, do total de quase 700 mil espectadores de corridas de touros no País.
"O número de espectadores atingiu valores que já não se verificava há quatro anos, tendo-se registado mais 78.942 espectadores que em 2007, com o mesmo número de espectáculos realizados", concluiu a IGAC.
O Campo Pequeno lidera a lista das praças com maior número de público, com 122.768 espectadores em 20 espectáculos, seguida da Celestino Graça, de Santarém, com 49 335 espectadores em cinco corridas, e da praça do Montijo, com 40 822 espectadores, em dez corridas. Temporada no Campo Pequeno arranca quinta-feira
A temporada tauromáquica de 2009 no Campo Pequeno (Lisboa), a primeira praça do país, arranca quinta-feira e consta de 12 corridas de toiros e de uma novilhada de promoção, uma programação que integra nomes consagrados e da nova geração.
Consagrados cavaleiros portugueses, como Joaquim Bastinhas, António Ribeiro Telles, Rui Salvador, Luís Rouxinol e João Salgueiro, os rojoneadores espanhóis Pablo Hermoso de Mendoza e Leonardo Hernández, o matador "Pedrito de Portugal" e os espanhóis "El Cid " e Morante de la Puebla actuarão esta temporada no Campo Pequeno.
Esta será também a temporada de apresentação em Lisboa do novilheiro espanhol Juan del Álamo e do bezerrista franco-mexicano "Michelito".
A par dos valores consagrados surge uma nova geração, como é o caso dos cavaleiros João Moura Caetano, António Maria Brito Paes, Manuel Ribeiro Telles Bastos, Manuel Lupi, Marcos Bastinhas e Duarte Pinto, que tomará alternativa, e dos novilheiros Daniel Nunes, Manuel Dais Gomes e Paco Velazques, que actuarão em Lisboa, disputando um lugar entre os maiores da tauromaquia portuguesa.
Também os grupos de forcados e as ganadarias portuguesas mais importantes se anunciarão este ano no Campo Pequeno. Assim, estão certas as presenças dos grupos de Santarém, Montemor, Lisboa, Évora, Alcochete, Aposento da Moita, Coruche, Cascais, Monforte e Elvas.
Fonte: Expresso
Isto prova que as touradas são verdadeiramente o segundo espectaculo mais visto em Portugal a seguir ao futebol, e se os preços dos bilhetes custassem o mesmo que os do cinema, estaríamos a falar de MILHÕES de espectadores nas touradas. Isto é a verdade que a SIC ocultou no debate!

02 maio 2009

Muitas Incongruências

São mais que muitas. Hoje, só algumas. Sobretudo, entristecem. Mas também revoltam. A Igreja sempre esteve com a tauromaquia. Deste as múltiplas Festas do Espírito Santo às mais puras festividades tradicionais, as corridas são pontos altos e bem populares.
O próprio saudoso Papa João Paulo II se confessou admirador e recebeu em audiências particulares os matadores Ortega Cano e ‘Pedrito de Portugal’, que lhe ofereceram os seus capotes de cortesias! Muitos outros exemplos se poderiam recordar. Por isso, foi lamentável ver que os padres que em Tolosa (Portalegre) e Santarém fizeram os funerais do jovem forcado, Francisco Matias, e do bandarilheiro (delegado da IGAC) ignoraram totalmente as suas actividades, sendo que o primeiro até faleceu no desempenho.
Todos os homens serão iguais na morte, mas compete que na hora do ‘adeus’ se enalteça o que de bom na vida tenham feito. Em Tolosa e Santarém, nem uma palavra do pároco sobre a conduta taurina dos falecidos, perante milhares de pessoas que choravam as perdas. Desconhecimento não foi, pelo que só terá sido a incongruência de quem não soube transmitir a palavra e a justiça divinas.
Incongruência também no debate da SIC, sobre animais com especial incidência em tauromaquia. De níveis e pretensões diferentes, houve demagogia a mais e argumentos a menos, e mentiras também. Até o moderador foi incongruente na sua função. Confessou que estava a ser "advogado do diabo", mas ficamos a saber que o diabo estava contra a tauromaquia.
Rodrigo Guedes de Carvalho prometeu mais. Eu sugiro-lhe que convide dois Catedráticos: Um de Paris (Sorbonne) e outro de Madrid (Universidade Complutese). Do outro lado podem ir os mesmos.
Maurício do Vale (Correio da Manhã)