13 maio 2010
12 fevereiro 2010
O POLVO
Rui Pedro Soares, enquanto militante da Juventude Socialista, coordena o ‘site’ da candidatura de Sócrates a secretário-geral do PS. Por indicação de José Sócrates integra a Portugal Telecom em 2001 e aos 32 anos torna-se administrador da PT, e «o novo homem forte do PS na PT», onde actualmente gere os milhões da publicidade da PT.No computador de Rui Pedro Soares, foi apreendido o contrato que permitiria à PT comprar a Media Capital. Antes já a PJ tinha interceptado um mail onde estava a versão final do contrato enviado para a Prisa, em Madrid. José Sócrates era o mentor do negócio desde o início, e o seu desejo ia mais longe. Queria que aquele se fizesse com a aparente capa de legalidade.Rui Pedro Soares assumiu um papel fundamental no negócio. A 3 de Junho vai a Madrid para negociar com os espanhóis da Prisa. A 19 de Junho pede a Paulo Penedos para enviar a versão definitiva do contrato para um mail para Espanha. Janta depois, segundo o próprio, com José Sócrates, e comenta com Penedos que o 'chefe estava bem-disposto'. Rui Pedro Soares diz depois que Sócrates quer que seja a PT a 'assumir o controlo da operação.A 26 de Junho e a 3 de Julho, o Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro recebeu duas certidões do Departamento de Investigação e Acção Penal de Aveiro extraídas do processo “Face Oculta”, onde são relatadas escutas telefónicas entre Armando Vara e Sócrates.Pinto Monteiro, nomeado pelo Presidente da República, sob proposta do Governo, conclui não existirem 'indícios probatórios' que levassem à instauração de um inquérito.Segundo José Sócrates a publicação no jornal SOL dos despachos dos magistrados de Aveiro que entenderam haver "indícios fortes" da existência de um plano do Governo para controlar a Comunicação Social que podia configurar um crime de atentado contra o Estado de Direito, "é jornalismo de buraco de fechadura".Quando a porta se abrir, que surpresas teremos?
Fonte: alertaconstante.blogspot.com
05 fevereiro 2010
Sócrates é o nosso maior problema
Este Governo é cobarde ou irresponsável: está a preparar-se para fugir, ou está a fazer uma política de "terra queimada" para provocar eleições antecipadas já este ano.
Ontem, quando soube que Teixeira dos Santos ia fazer uma comunicação ao país, fiquei assustado. Mas "assustado" num bom sentido. Ou seja, pensei que teríamos finalmente um momento sério na política portuguesa. Perante as indicações que os mercados estavam a dar (basicamente, os mercados disseram que "vocês, portugueses, são crianças que não se sabem comportar à mesa de uma economia séria, por isso, acabou a festa"), pensei que o ministro ia falar ao país sobre assuntos sérios: como travar a dívida, como devíamos mudar de vida para conseguirmos, em conjunto, travar a dívida. Fui ingénuo.
Afinal, a comunicação do ministro abordou a farsa das Finanças Regionais. Este caso é uma farsa. Este caso é só um pretexto para José Sócrates criar uma crise artificial no país. Reparem numa coisa: o aumento da dívida pública em 2009 foi de 15.000 milhões de euros. O aumento previsto para 2010 é de 13.000. As finanças regionais representam... 100 milhões. Isto é uma farsa. Uma tempestade num copo de água destinado a criar uma crise política grave.
E por que razão o Governo quer esta crise política? Há duas hipóteses de resposta. Primeira hipótese, a hipótese da cobardia: este Governo, à semelhança de Guterres, quer fugir. A incompetência do Governo criou um pântano, e agora o mesmo Governo quer deixar a gestão do pântano a outros desgraçados. Segunda hipótese, a hipótese da irresponsabilidade: o Governo quer provocar eleições antecipadas já este ano. O Governo acha que somos todos idiotas, e quer encontrar uma nova maioria absoluta.
Como dizia Paulo Rangel, são estas as razões que levam Sócrates a desejar eleições antecipadas já este ano: (1) não quer dar tempo à nova direcção do PSD; (2) em 2011, a contestação social será maior; (3) Alegre e Cavaco não são candidatos de Sócrates, logo, o "efeito presidenciais" será sempre negativo para Sócrates.
Sócrates é incapaz de governar uma democracia madura, assente no compromisso. Sócrates só é capaz de impor a sua vontade de forma autoritária. Num dia negro para o país, Sócrates engendrou um teatro político destinado apenas a servir a sua sede de poder. Sócrates, meu caro leitor, é o nosso maior problema.
Henrique Raposo (Expresso) 5 Fevereiro 2010
02 fevereiro 2010
Mário Crespo
Aqui não há censura!!!
O Fim da Linha
Mário Crespo
Terça-feira dia 26 de Janeiro. Dia de Orçamento. O Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa. Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil (“um louco”) a necessitar de (“ir para o manicómio”). Fui descrito como “um profissional impreparado”. Que injustiça. Eu, que dei aulas na Independente. A defunta alma mater de tanto saber em Portugal. Definiram-me como “um problema” que teria que ter “solução”. Houve, no restaurante, quem ficasse incomodado com a conversa e me tivesse feito chegar um registo. É fidedigno. Confirmei-o. Uma das minhas fontes para o aval da legitimidade do episódio comentou (por escrito): “(…) o PM tem qualidades e defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre (…)”. É banal um jornalista cair no desagrado do poder. Há um grau de adversariedade que é essencial para fazer funcionar o sistema de colheita, retrato e análise da informação que circula num Estado. Sem essa dialéctica só há monólogos. Sem esse confronto só há Yes-Men cabeceando em redor de líderes do momento dizendo yes-coisas, seja qual for o absurdo que sejam chamados a validar. Sem contraditório os líderes ficam sem saber quem são, no meio das realidades construídas pelos bajuladores pagos. Isto é mau para qualquer sociedade. Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados. Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência. Os críticos passam a ser “um problema” que exige “solução”. Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre. Em 2010 o Primeiro-ministro já não tem tantos “problemas” nos media como tinha em 2009. O “problema” Manuela Moura Guedes desapareceu. O problema José Eduardo Moniz foi “solucionado”. O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser “um problema”. Foi-se o “problema” que era o Director do Público. Agora, que o “problema” Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais “um problema que tem que ser solucionado”. Eu. Que pervertido sentido de Estado. Que perigosa palhaçada.
Nota: Artigo originalmente redigido para ser publicacado hoje (1/2/2010) na imprensa (Mas não foi!)
Mário Crespo
Terça-feira dia 26 de Janeiro. Dia de Orçamento. O Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa. Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil (“um louco”) a necessitar de (“ir para o manicómio”). Fui descrito como “um profissional impreparado”. Que injustiça. Eu, que dei aulas na Independente. A defunta alma mater de tanto saber em Portugal. Definiram-me como “um problema” que teria que ter “solução”. Houve, no restaurante, quem ficasse incomodado com a conversa e me tivesse feito chegar um registo. É fidedigno. Confirmei-o. Uma das minhas fontes para o aval da legitimidade do episódio comentou (por escrito): “(…) o PM tem qualidades e defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre (…)”. É banal um jornalista cair no desagrado do poder. Há um grau de adversariedade que é essencial para fazer funcionar o sistema de colheita, retrato e análise da informação que circula num Estado. Sem essa dialéctica só há monólogos. Sem esse confronto só há Yes-Men cabeceando em redor de líderes do momento dizendo yes-coisas, seja qual for o absurdo que sejam chamados a validar. Sem contraditório os líderes ficam sem saber quem são, no meio das realidades construídas pelos bajuladores pagos. Isto é mau para qualquer sociedade. Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados. Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência. Os críticos passam a ser “um problema” que exige “solução”. Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre. Em 2010 o Primeiro-ministro já não tem tantos “problemas” nos media como tinha em 2009. O “problema” Manuela Moura Guedes desapareceu. O problema José Eduardo Moniz foi “solucionado”. O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser “um problema”. Foi-se o “problema” que era o Director do Público. Agora, que o “problema” Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais “um problema que tem que ser solucionado”. Eu. Que pervertido sentido de Estado. Que perigosa palhaçada.
Nota: Artigo originalmente redigido para ser publicacado hoje (1/2/2010) na imprensa (Mas não foi!)
04 janeiro 2010
11 novembro 2009
Forcados de Èvora na National Geographic
Grupo de Forcados de Évora em fotoreportagem na National Geographic Portugal deste mês
11 de Novembro, 2009
Na edição deste mês da "National Geographic Portugal", na secção "Fotojornal", sai uma foto reportagem levada a cabo pelo fotografo mexicano Carlos Cazalis, que acompanhou o Grupo desde Maio de 2003 e sempre que passava por Portugal continua o seu trabalho, até aos dias de hoje.A Tauromania falou com o actual Cabo do GFA de Évora, Bernardo Patinhas, sobre esta foto reportagem, e que nos transmitiu os seguintes comentários:"Ao contrário da maioria dos fotógrafos taurinos o Carlos não pretendia fotografar as pegas em si, o momento, pretendia sim captar o nosso espírito e o que nos leva a ser forcados através da objectiva da sua máquina", tendo inclusive vivido durante um determinado período com os próprios forcados, alternando entre as casas de alguns elementos do Grupo, desenvolvendo "uma forte amizade e actualmente só falta que o Carlos vista a nossa jaqueta, só não fez por vontade própria!". Durante este período acompanhou os sorteios, viagens, fardamentos, corridas, jantares, casamentos, inclusivamente nas férias de verão e nos jogos de futebol amigáveis, sempre captando imagens e recolhendo sons, comentários, expressões que enriqueceriam as suas fotografias.Carlos Cazalis ganhou em 2009 o prémio do World Press Photo, nasceu em 1969, é mexicano mas vive à volta do mundo, numa constante viagem, tem ligações muito fortes à tauromaquia, o seu avô foi empresário taurino no México e o seu tio-avô foi dos mais importantes matadores de toiros do México, “El Calesero”, factores evidentes para despertar este interesse do Carlos pela tauromaquia. Mas à medida que fotografava mais se dava conta da falta de pureza da nossa festa, dos interesses por trás das corridas, a avidez económica, mais ainda em Espanha, onde estava em 2003, até que, fazendo uma pesquisa na internet encontrou o GFA de Évora e "pensou que era isto que procurava, a essência da tauromaquia, a sua pureza, o amadorismo"."Oxalá o seu trabalho total possa figurar num livro como é sua ideia pois estamos seguros que será um êxito e um sucesso de vendas. Não será um livro de fotografias de pegas, de estatísticas, de nomes, crónicas, será um livro de uma família, do seu dia a dia e daquilo que fazemos quando estamos juntos, pegar touros" é o desejo do próprio Bernardo Patinhas e dos demais elementos do Grupo que tiveram o privilégio de conviver com este profissional de fotografia.Mais informações sobre esta foto reportagem em http://www.cazalis.org/ "Sons of Evora".
Fonte. www.tauromania.pt
11 de Novembro, 2009
Na edição deste mês da "National Geographic Portugal", na secção "Fotojornal", sai uma foto reportagem levada a cabo pelo fotografo mexicano Carlos Cazalis, que acompanhou o Grupo desde Maio de 2003 e sempre que passava por Portugal continua o seu trabalho, até aos dias de hoje.A Tauromania falou com o actual Cabo do GFA de Évora, Bernardo Patinhas, sobre esta foto reportagem, e que nos transmitiu os seguintes comentários:"Ao contrário da maioria dos fotógrafos taurinos o Carlos não pretendia fotografar as pegas em si, o momento, pretendia sim captar o nosso espírito e o que nos leva a ser forcados através da objectiva da sua máquina", tendo inclusive vivido durante um determinado período com os próprios forcados, alternando entre as casas de alguns elementos do Grupo, desenvolvendo "uma forte amizade e actualmente só falta que o Carlos vista a nossa jaqueta, só não fez por vontade própria!". Durante este período acompanhou os sorteios, viagens, fardamentos, corridas, jantares, casamentos, inclusivamente nas férias de verão e nos jogos de futebol amigáveis, sempre captando imagens e recolhendo sons, comentários, expressões que enriqueceriam as suas fotografias.Carlos Cazalis ganhou em 2009 o prémio do World Press Photo, nasceu em 1969, é mexicano mas vive à volta do mundo, numa constante viagem, tem ligações muito fortes à tauromaquia, o seu avô foi empresário taurino no México e o seu tio-avô foi dos mais importantes matadores de toiros do México, “El Calesero”, factores evidentes para despertar este interesse do Carlos pela tauromaquia. Mas à medida que fotografava mais se dava conta da falta de pureza da nossa festa, dos interesses por trás das corridas, a avidez económica, mais ainda em Espanha, onde estava em 2003, até que, fazendo uma pesquisa na internet encontrou o GFA de Évora e "pensou que era isto que procurava, a essência da tauromaquia, a sua pureza, o amadorismo"."Oxalá o seu trabalho total possa figurar num livro como é sua ideia pois estamos seguros que será um êxito e um sucesso de vendas. Não será um livro de fotografias de pegas, de estatísticas, de nomes, crónicas, será um livro de uma família, do seu dia a dia e daquilo que fazemos quando estamos juntos, pegar touros" é o desejo do próprio Bernardo Patinhas e dos demais elementos do Grupo que tiveram o privilégio de conviver com este profissional de fotografia.Mais informações sobre esta foto reportagem em http://www.cazalis.org/ "Sons of Evora".
Fonte. www.tauromania.pt
22 outubro 2009
12 outubro 2009
01 outubro 2009
23 setembro 2009
01 setembro 2009
24 agosto 2009
31 julho 2009
20 julho 2009
26 junho 2009
“El quite de dos verónicas rematadas con una media, llevándose el imaginario pañuelo de su capote a un supuesto bolsillo en la taleguilla, levantó la Maestranza entera. Cintura veinteañera en cuerpo sesentón. ¡Qué bien huele el romero de mi solapa!”
"Curro Romero dibujó el Toreo a paso de procesión"
Zabala de la Serna (Sobre Curro)
"Curro Romero dibujó el Toreo a paso de procesión"
Zabala de la Serna (Sobre Curro)
25 junho 2009
18 junho 2009
10 junho 2009
Entre 1950 e 2002 o consumo de água triplicou, o de combustiveis fósseis quintuplicou, as emissões de CO2 cresceram 400%(...) e à medida que isto ocorre aumenta a contaminação, as mudanças climáticas e a desflorestação, e aumentam também as diferenças entre Paíse ricos e Países pobres.
1700 milhões de pessoas gastam diáriamente mais de 20€, enquanto 2800 milhões vivem com menos de 2€ e 1200 milhões com menos de 1€ por dia.
Worldwatch Institute
09 junho 2009
Em Portugal assistimos a uma estúpida moda de viragem aos ideais nogentos da esquerda mais radical, disfarçada de cordeirinhos bem comportados.
Mário Tomé nunca conseguiu mais de centenas de votos para a sua UDP, o PSR conseguia dezenas de votos nas eleições em que participava, mas a junção destes e outros da mesma estirpe deram origem ao Disfarçado Bloco de Esquerda, ou melhor de extrema esquerda; sim porque em Portugal País livre e democrático apenas pode existir a extrema-esquerda; ser de extrema direita é crime.
Misturando a tudo isto umas caras bonitas dá sempre imenso jeito; dedender as drogas leves e o aborto vem mesmo a calhar, são estes "propósitos" de "sarjeta" que levam muitos dos nossos jovens a votar neles, por "moda" dizem alguns. Eu digo por manifesta falta de cultura, de cultura política e sobretudo cultura democrática, porque basta analisar a sua génese e dos seus verdadeiros constituintes para ficar-mos a saber aquilo que defendem e sobretudo aquilo que pretendem. Além disso basta olhar á nossa volta, por toda a Europa e ver em que País seja ele mais ou menos desenvolvido este "ratos de campo" (para não dizer de esgoto) conseguem semelhante votação. Em lado nenhum como é óbvio.....
04 junho 2009
28 maio 2009
25 maio 2009
21 maio 2009
Sobre o Toureio....
Estes pontos foram enviados para o programa Aqui e Agora da SIC, quando o tema foi os direitos dos animais, óbviamente que foram ignorados, mas aqui há lugar para destaque:
"Não existe nenhum outro espectáculo (Tourada) em todo o Mundo em que um animal seja tratado com a máxima dignidade: Poder matar antes de morrer! Isto dá ao toiro um valor que não tem nenhum outro ser no reino animal."
"O toiro não morre, como não morre nenhum animal. O toiro "sucumbe", perde a vida; cái sobre ele a morte como cái a chuva sobre os campos; segundo a lei eterna das coisas efémeras. Ao toiro a morte não lhe causa angústia como ao ser humano; o Homem sim que morre, e fá-lo milhares de vezes antes de morrer."
" A festa dos toiros não está pensada para expressar o pensamento atávico e primário da violência; mas sim para dar-lhe um toque de expressão trágica, sofisticada e misteriosa."
" A tourada é uma reflexão estética sobre a morte. Os toureiros toureiam a morte, e assim mostram o seu imenso Amor pela Vida."
José M. Sanchez Pedraza
"Não existe nenhum outro espectáculo (Tourada) em todo o Mundo em que um animal seja tratado com a máxima dignidade: Poder matar antes de morrer! Isto dá ao toiro um valor que não tem nenhum outro ser no reino animal."
"O toiro não morre, como não morre nenhum animal. O toiro "sucumbe", perde a vida; cái sobre ele a morte como cái a chuva sobre os campos; segundo a lei eterna das coisas efémeras. Ao toiro a morte não lhe causa angústia como ao ser humano; o Homem sim que morre, e fá-lo milhares de vezes antes de morrer."
" A festa dos toiros não está pensada para expressar o pensamento atávico e primário da violência; mas sim para dar-lhe um toque de expressão trágica, sofisticada e misteriosa."
" A tourada é uma reflexão estética sobre a morte. Os toureiros toureiam a morte, e assim mostram o seu imenso Amor pela Vida."
José M. Sanchez Pedraza
20 maio 2009
Assim se promove um País e as suas Tradições
Tenho o sonho de vir a ser Forcado...
19 de Maio, 2009
Sou natural de Coruche, frequento o 12º ano e pretendo ingressar no Ensino Superior no próximo ano lectivo. Tenho o sonho de vir a ser Forcado e de envergar a jaqueta do Grupo de Forcados Amadores de Coruche, com o qual tenho vindo a treinar desde o início da temporada transacta.
Conjuntamente com 7 colegas representei Portugal na 60ª Sessão Internacional do Parlamento Europeu dos Jovens, que decorreu entre 17 e 26 de Abril em Estocolmo, na Suécia - resultado de consecutivas vitórias nas Sessões Regional e Nacional. Liderados pelo Professor Álvaro Mayer, fomos seleccionados no início do presente ano lectivo de acordo com critérios como o de bom desempenho enquanto estudantes e facilidade nas línguas estrangeiras.
No dia seguinte ao da chegada, tive a oportunidade de me fardar de Forcado numa mostra dos fatos tradicionais de cada país. A partir dessa noite, dois sentimentos tornaram-se meus companheiros de jornada e não mais me largaram durante os extraordinários momentos que passei em solo escandinavo: Orgulho e Responsabilidade. Orgulho de representar a Vila de Coruche, o Ribatejo e um país de diversas realidades e tradições riquíssimas como o nosso e de envergar a jaqueta do Grupo da minha Terra num país tão distante, tendo como certo que ao fazê-lo estava pronto para assumir a responsabilidade de defender e promover a Festa dos Toiros perante mais de 200 jovens de 32 países. E assim foi: tudo começou nessa noite marcante, quando a timidez das primeiras horas desvaneceu-se à medida que dirigiam elogios à indumentária do Forcado, e mesmo sabendo pouco ou nada sobre o seu papel na Corrida de Toiros à Portuguesa, com verdadeiro entusiasmo me abordavam em busca de respostas às suas dúvidas e prosseguiam com interesse redobrado após a primeira explicação. As confusões com o procedimento seguido nas Corridas de Toiros do país vizinho foram uma constante que me preocupei em clarificar; enumerei as diferenças face à cultura de Toiros vigente em Espanha, de forma a destacar as nossas especificidades. Como seria de esperar, a acutilância das questões colocadas aumentava na directa proporção da minha eloquência enquanto transmissor da identidade luso-ibérica. E os pedidos de fotografias multiplicavam-se.
Não há dúvida que as Corridas de Toiros estão hoje na ordem do dia a nível internacional: não passou dia algum sem que um jovem deputado(a) ou organizador da Sessão me procurasse de modo a trocarmos pontos de vista, interrogar acerca de terminologia específica ou simplesmente para me dar a conhecer os seus argumentos - nos corredores do hotel, nas pausas para Café ou Almoço e mesmo no decorrer das actividades que principiavam ainda madrugada em Portugal e acabavam lá pela hora de jantar.
Nos últimos dois dias da nossa estadia em Estocolmo (aqueles sobre os quais incidiram mais fortemente os holofotes mediáticos e as expectativas dos participantes) realizou-se a Assembleia Geral, a parte do programa mais aguardada em cada Sessão Internacional. Estavam em discussão 15 moções propostas por 15 comités direccionadas para temas da actualidade europeia como a crise económica, os direitos humanos, o comércio internacional e as alterações climáticas. Outra das moções indagava acerca do respeito pelos direitos dos animais e apontava o dedo às Corridas de Toiros, comparando-a com experiências científicas efectuadas com animais vivos no Reino Unido pelo facto de ambas ignorarem os direitos dos animais. Antes de mais, de referir uma salutar diversidade de argumentos utilizados na defesa das Corridas de Toiros. Por outro lado, aqueles que estavam contra limitaram-se a exprimir frases que apelavam à compaixão e recusavam qualquer tipo de dor infligida aos animais, pelo que defendiam a extinção das touradas. E foi precisamente em reacção a um apelo à abolição de qualquer actividade que provoque dor aos animais, que usei da palavra: primeiramente aludi à ignorância evidente em grande parte dos detractores do que se passa numa Corrida de Toiros pela simples razão de que nunca assistiram a nenhuma; referi a importância de acreditar na sustentabilidade das tradições através dos séculos e demonstrei à Assembleia o simbolismo e a amplitude da Festa dos Toiros em Portugal, mas lembrando Espanha, França e México. À validade dos ” meus” argumentos ou ao empolgamento verdadeiro que existe quando se julga estar a protagonizar uma acção meritória na defesa de tudo o que nos é mais intrínseco, o auditório respondeu com ovação.
Esta viagem foi uma oportunidade privilegiada para perceber que a continuidade das nossas tradições depende sobretudo da força com que nos fazemos ouvir e da capacidade de aceder a canais privilegiados. Para além disso, é necessário fomentar o intercâmbio de conhecimentos e pessoas para que possamos criar condições para reunir consensos - espero com esta minha experiência ter dado um contributo para a divulgação da nossa Tauromaquia, de um Portugal rural que se quer ao nível dos desafios do século XXI e que se deve diferenciar por ser sinónimo de uma identidade ímpar no Mundo, criador de ecossistemas singulares, de Toiros e de Toureiros, e não significado de assimetrias ao nível do desenvolvimento regional.
19 de Maio, 2009
Sou natural de Coruche, frequento o 12º ano e pretendo ingressar no Ensino Superior no próximo ano lectivo. Tenho o sonho de vir a ser Forcado e de envergar a jaqueta do Grupo de Forcados Amadores de Coruche, com o qual tenho vindo a treinar desde o início da temporada transacta.
Conjuntamente com 7 colegas representei Portugal na 60ª Sessão Internacional do Parlamento Europeu dos Jovens, que decorreu entre 17 e 26 de Abril em Estocolmo, na Suécia - resultado de consecutivas vitórias nas Sessões Regional e Nacional. Liderados pelo Professor Álvaro Mayer, fomos seleccionados no início do presente ano lectivo de acordo com critérios como o de bom desempenho enquanto estudantes e facilidade nas línguas estrangeiras.
No dia seguinte ao da chegada, tive a oportunidade de me fardar de Forcado numa mostra dos fatos tradicionais de cada país. A partir dessa noite, dois sentimentos tornaram-se meus companheiros de jornada e não mais me largaram durante os extraordinários momentos que passei em solo escandinavo: Orgulho e Responsabilidade. Orgulho de representar a Vila de Coruche, o Ribatejo e um país de diversas realidades e tradições riquíssimas como o nosso e de envergar a jaqueta do Grupo da minha Terra num país tão distante, tendo como certo que ao fazê-lo estava pronto para assumir a responsabilidade de defender e promover a Festa dos Toiros perante mais de 200 jovens de 32 países. E assim foi: tudo começou nessa noite marcante, quando a timidez das primeiras horas desvaneceu-se à medida que dirigiam elogios à indumentária do Forcado, e mesmo sabendo pouco ou nada sobre o seu papel na Corrida de Toiros à Portuguesa, com verdadeiro entusiasmo me abordavam em busca de respostas às suas dúvidas e prosseguiam com interesse redobrado após a primeira explicação. As confusões com o procedimento seguido nas Corridas de Toiros do país vizinho foram uma constante que me preocupei em clarificar; enumerei as diferenças face à cultura de Toiros vigente em Espanha, de forma a destacar as nossas especificidades. Como seria de esperar, a acutilância das questões colocadas aumentava na directa proporção da minha eloquência enquanto transmissor da identidade luso-ibérica. E os pedidos de fotografias multiplicavam-se.
Não há dúvida que as Corridas de Toiros estão hoje na ordem do dia a nível internacional: não passou dia algum sem que um jovem deputado(a) ou organizador da Sessão me procurasse de modo a trocarmos pontos de vista, interrogar acerca de terminologia específica ou simplesmente para me dar a conhecer os seus argumentos - nos corredores do hotel, nas pausas para Café ou Almoço e mesmo no decorrer das actividades que principiavam ainda madrugada em Portugal e acabavam lá pela hora de jantar.
Nos últimos dois dias da nossa estadia em Estocolmo (aqueles sobre os quais incidiram mais fortemente os holofotes mediáticos e as expectativas dos participantes) realizou-se a Assembleia Geral, a parte do programa mais aguardada em cada Sessão Internacional. Estavam em discussão 15 moções propostas por 15 comités direccionadas para temas da actualidade europeia como a crise económica, os direitos humanos, o comércio internacional e as alterações climáticas. Outra das moções indagava acerca do respeito pelos direitos dos animais e apontava o dedo às Corridas de Toiros, comparando-a com experiências científicas efectuadas com animais vivos no Reino Unido pelo facto de ambas ignorarem os direitos dos animais. Antes de mais, de referir uma salutar diversidade de argumentos utilizados na defesa das Corridas de Toiros. Por outro lado, aqueles que estavam contra limitaram-se a exprimir frases que apelavam à compaixão e recusavam qualquer tipo de dor infligida aos animais, pelo que defendiam a extinção das touradas. E foi precisamente em reacção a um apelo à abolição de qualquer actividade que provoque dor aos animais, que usei da palavra: primeiramente aludi à ignorância evidente em grande parte dos detractores do que se passa numa Corrida de Toiros pela simples razão de que nunca assistiram a nenhuma; referi a importância de acreditar na sustentabilidade das tradições através dos séculos e demonstrei à Assembleia o simbolismo e a amplitude da Festa dos Toiros em Portugal, mas lembrando Espanha, França e México. À validade dos ” meus” argumentos ou ao empolgamento verdadeiro que existe quando se julga estar a protagonizar uma acção meritória na defesa de tudo o que nos é mais intrínseco, o auditório respondeu com ovação.
Esta viagem foi uma oportunidade privilegiada para perceber que a continuidade das nossas tradições depende sobretudo da força com que nos fazemos ouvir e da capacidade de aceder a canais privilegiados. Para além disso, é necessário fomentar o intercâmbio de conhecimentos e pessoas para que possamos criar condições para reunir consensos - espero com esta minha experiência ter dado um contributo para a divulgação da nossa Tauromaquia, de um Portugal rural que se quer ao nível dos desafios do século XXI e que se deve diferenciar por ser sinónimo de uma identidade ímpar no Mundo, criador de ecossistemas singulares, de Toiros e de Toureiros, e não significado de assimetrias ao nível do desenvolvimento regional.
João Mendes
(Publicado em www.tauromania.pt)
(Publicado em www.tauromania.pt)
19 maio 2009
16 maio 2009
11 maio 2009
Asssim, sim!
Ponte de Lima vai preservar touradas
Apesar das críticas e de a vizinha Viana ser a primeira antitourada, autarca garante que enquanto houver adeptos haverá touradas.
Numa altura em que vários municípios se tornam antitouradas, Ponte de Lima está no lado oposto e garante que "quantos mais espectáculos que permitam a manutenção das tradições melhor".
Daniel Campelo, presidente da autarquia, diz que está até a construir um novo multiusos que poderá receber espectáculos tauromáquicos. Daí as críticas à proibição das touradas, como no vizinho concelho de Viana do Castelo. "Há pessoas que levam ao exagero determinados gostos, colidindo com os dos outros. Não devemos deixar-nos influenciar excessivamente por essas campanhas, às vezes feitas à revelia do interesse cultural das terras", disse ao DN.
A 20 quilómetros de distância, o município de Viana do Castelo tornou-se em Fevereiro no primeiro a declarar-se antitouradas. Cenário que, garante o autarca de Ponte de Lima, eleito pelo CDS/PP, não se repetirá na vila mais antiga de Portugal. "Deve existir um direito à preferência, seja um espectáculo ou o exercício da tradição. Em Ponte de Lima há adeptos dos touros e touradas, e quando são realizados estes espectáculos as praças esgotam", lembra Campelo.
Entre os eventos tauromáquicos da terra estão a tourada das Feiras Novas e a célebre largada da Vaca das Cordas. "Desde longa data que se realizam touradas cá. Se no futuro continuar a haver pessoas interessadas e se for possível organizar, naturalmente que vamos continuar a tê-las", garante o autarca, sublinhando tratar-se de "uma questão que deve ficar ao critério de cada um".
Paulo Julião (DN)
Apesar das críticas e de a vizinha Viana ser a primeira antitourada, autarca garante que enquanto houver adeptos haverá touradas.
Numa altura em que vários municípios se tornam antitouradas, Ponte de Lima está no lado oposto e garante que "quantos mais espectáculos que permitam a manutenção das tradições melhor".
Daniel Campelo, presidente da autarquia, diz que está até a construir um novo multiusos que poderá receber espectáculos tauromáquicos. Daí as críticas à proibição das touradas, como no vizinho concelho de Viana do Castelo. "Há pessoas que levam ao exagero determinados gostos, colidindo com os dos outros. Não devemos deixar-nos influenciar excessivamente por essas campanhas, às vezes feitas à revelia do interesse cultural das terras", disse ao DN.
A 20 quilómetros de distância, o município de Viana do Castelo tornou-se em Fevereiro no primeiro a declarar-se antitouradas. Cenário que, garante o autarca de Ponte de Lima, eleito pelo CDS/PP, não se repetirá na vila mais antiga de Portugal. "Deve existir um direito à preferência, seja um espectáculo ou o exercício da tradição. Em Ponte de Lima há adeptos dos touros e touradas, e quando são realizados estes espectáculos as praças esgotam", lembra Campelo.
Entre os eventos tauromáquicos da terra estão a tourada das Feiras Novas e a célebre largada da Vaca das Cordas. "Desde longa data que se realizam touradas cá. Se no futuro continuar a haver pessoas interessadas e se for possível organizar, naturalmente que vamos continuar a tê-las", garante o autarca, sublinhando tratar-se de "uma questão que deve ficar ao critério de cada um".
Paulo Julião (DN)
08 maio 2009
Sócrates à posta !!
Com a devida vénia do Blog www.fugaslusas.wordpress.com, aqui publicamos esta magnifica foto. È que com as ganas que lhe andamos; também nós queremos comer umas postas, e assim acabar com ele mais rápidamente...antes que seja ele a acabar connosco!!!
03 maio 2009
Touradas: Quase 700 mil espectadores em 2008
"O número de espectadores atingiu valores que já não se verificava há quatro anos", revela a Inspecção-geral das Actividades Culturais (IGAC). O Campo Pequeno lidera a lista das praças com maior número de público. ( Lusa)
O relatório da actividade tauromáquica de 2008 da Inspecção-geral das Actividades Culturais (IGAC ) contabilizou 698.142 espectadores de corridas de touros, dos quais 613.542 em praças fixas e 84.600 em recintos desmontáveis.
A praça de touros do Campo Pequeno , em Lisboa, que inicia a temporada de 2009 na quinta-feira, recebeu mais de 122 mil pessoas na época passada, do total de quase 700 mil espectadores de corridas de touros no País.
"O número de espectadores atingiu valores que já não se verificava há quatro anos, tendo-se registado mais 78.942 espectadores que em 2007, com o mesmo número de espectáculos realizados", concluiu a IGAC.
O Campo Pequeno lidera a lista das praças com maior número de público, com 122.768 espectadores em 20 espectáculos, seguida da Celestino Graça, de Santarém, com 49 335 espectadores em cinco corridas, e da praça do Montijo, com 40 822 espectadores, em dez corridas. Temporada no Campo Pequeno arranca quinta-feira
A temporada tauromáquica de 2009 no Campo Pequeno (Lisboa), a primeira praça do país, arranca quinta-feira e consta de 12 corridas de toiros e de uma novilhada de promoção, uma programação que integra nomes consagrados e da nova geração.
Consagrados cavaleiros portugueses, como Joaquim Bastinhas, António Ribeiro Telles, Rui Salvador, Luís Rouxinol e João Salgueiro, os rojoneadores espanhóis Pablo Hermoso de Mendoza e Leonardo Hernández, o matador "Pedrito de Portugal" e os espanhóis "El Cid " e Morante de la Puebla actuarão esta temporada no Campo Pequeno.
Esta será também a temporada de apresentação em Lisboa do novilheiro espanhol Juan del Álamo e do bezerrista franco-mexicano "Michelito".
A par dos valores consagrados surge uma nova geração, como é o caso dos cavaleiros João Moura Caetano, António Maria Brito Paes, Manuel Ribeiro Telles Bastos, Manuel Lupi, Marcos Bastinhas e Duarte Pinto, que tomará alternativa, e dos novilheiros Daniel Nunes, Manuel Dais Gomes e Paco Velazques, que actuarão em Lisboa, disputando um lugar entre os maiores da tauromaquia portuguesa.
Também os grupos de forcados e as ganadarias portuguesas mais importantes se anunciarão este ano no Campo Pequeno. Assim, estão certas as presenças dos grupos de Santarém, Montemor, Lisboa, Évora, Alcochete, Aposento da Moita, Coruche, Cascais, Monforte e Elvas.
Fonte: Expresso
A praça de touros do Campo Pequeno , em Lisboa, que inicia a temporada de 2009 na quinta-feira, recebeu mais de 122 mil pessoas na época passada, do total de quase 700 mil espectadores de corridas de touros no País.
"O número de espectadores atingiu valores que já não se verificava há quatro anos, tendo-se registado mais 78.942 espectadores que em 2007, com o mesmo número de espectáculos realizados", concluiu a IGAC.
O Campo Pequeno lidera a lista das praças com maior número de público, com 122.768 espectadores em 20 espectáculos, seguida da Celestino Graça, de Santarém, com 49 335 espectadores em cinco corridas, e da praça do Montijo, com 40 822 espectadores, em dez corridas. Temporada no Campo Pequeno arranca quinta-feira
A temporada tauromáquica de 2009 no Campo Pequeno (Lisboa), a primeira praça do país, arranca quinta-feira e consta de 12 corridas de toiros e de uma novilhada de promoção, uma programação que integra nomes consagrados e da nova geração.
Consagrados cavaleiros portugueses, como Joaquim Bastinhas, António Ribeiro Telles, Rui Salvador, Luís Rouxinol e João Salgueiro, os rojoneadores espanhóis Pablo Hermoso de Mendoza e Leonardo Hernández, o matador "Pedrito de Portugal" e os espanhóis "El Cid " e Morante de la Puebla actuarão esta temporada no Campo Pequeno.
Esta será também a temporada de apresentação em Lisboa do novilheiro espanhol Juan del Álamo e do bezerrista franco-mexicano "Michelito".
A par dos valores consagrados surge uma nova geração, como é o caso dos cavaleiros João Moura Caetano, António Maria Brito Paes, Manuel Ribeiro Telles Bastos, Manuel Lupi, Marcos Bastinhas e Duarte Pinto, que tomará alternativa, e dos novilheiros Daniel Nunes, Manuel Dais Gomes e Paco Velazques, que actuarão em Lisboa, disputando um lugar entre os maiores da tauromaquia portuguesa.
Também os grupos de forcados e as ganadarias portuguesas mais importantes se anunciarão este ano no Campo Pequeno. Assim, estão certas as presenças dos grupos de Santarém, Montemor, Lisboa, Évora, Alcochete, Aposento da Moita, Coruche, Cascais, Monforte e Elvas.
Fonte: Expresso
Isto prova que as touradas são verdadeiramente o segundo espectaculo mais visto em Portugal a seguir ao futebol, e se os preços dos bilhetes custassem o mesmo que os do cinema, estaríamos a falar de MILHÕES de espectadores nas touradas. Isto é a verdade que a SIC ocultou no debate!
02 maio 2009
Muitas Incongruências
São mais que muitas. Hoje, só algumas. Sobretudo, entristecem. Mas também revoltam. A Igreja sempre esteve com a tauromaquia. Deste as múltiplas Festas do Espírito Santo às mais puras festividades tradicionais, as corridas são pontos altos e bem populares.
O próprio saudoso Papa João Paulo II se confessou admirador e recebeu em audiências particulares os matadores Ortega Cano e ‘Pedrito de Portugal’, que lhe ofereceram os seus capotes de cortesias! Muitos outros exemplos se poderiam recordar. Por isso, foi lamentável ver que os padres que em Tolosa (Portalegre) e Santarém fizeram os funerais do jovem forcado, Francisco Matias, e do bandarilheiro (delegado da IGAC) ignoraram totalmente as suas actividades, sendo que o primeiro até faleceu no desempenho.
Todos os homens serão iguais na morte, mas compete que na hora do ‘adeus’ se enalteça o que de bom na vida tenham feito. Em Tolosa e Santarém, nem uma palavra do pároco sobre a conduta taurina dos falecidos, perante milhares de pessoas que choravam as perdas. Desconhecimento não foi, pelo que só terá sido a incongruência de quem não soube transmitir a palavra e a justiça divinas.
Incongruência também no debate da SIC, sobre animais com especial incidência em tauromaquia. De níveis e pretensões diferentes, houve demagogia a mais e argumentos a menos, e mentiras também. Até o moderador foi incongruente na sua função. Confessou que estava a ser "advogado do diabo", mas ficamos a saber que o diabo estava contra a tauromaquia.
Rodrigo Guedes de Carvalho prometeu mais. Eu sugiro-lhe que convide dois Catedráticos: Um de Paris (Sorbonne) e outro de Madrid (Universidade Complutese). Do outro lado podem ir os mesmos.
O próprio saudoso Papa João Paulo II se confessou admirador e recebeu em audiências particulares os matadores Ortega Cano e ‘Pedrito de Portugal’, que lhe ofereceram os seus capotes de cortesias! Muitos outros exemplos se poderiam recordar. Por isso, foi lamentável ver que os padres que em Tolosa (Portalegre) e Santarém fizeram os funerais do jovem forcado, Francisco Matias, e do bandarilheiro (delegado da IGAC) ignoraram totalmente as suas actividades, sendo que o primeiro até faleceu no desempenho.
Todos os homens serão iguais na morte, mas compete que na hora do ‘adeus’ se enalteça o que de bom na vida tenham feito. Em Tolosa e Santarém, nem uma palavra do pároco sobre a conduta taurina dos falecidos, perante milhares de pessoas que choravam as perdas. Desconhecimento não foi, pelo que só terá sido a incongruência de quem não soube transmitir a palavra e a justiça divinas.
Incongruência também no debate da SIC, sobre animais com especial incidência em tauromaquia. De níveis e pretensões diferentes, houve demagogia a mais e argumentos a menos, e mentiras também. Até o moderador foi incongruente na sua função. Confessou que estava a ser "advogado do diabo", mas ficamos a saber que o diabo estava contra a tauromaquia.
Rodrigo Guedes de Carvalho prometeu mais. Eu sugiro-lhe que convide dois Catedráticos: Um de Paris (Sorbonne) e outro de Madrid (Universidade Complutese). Do outro lado podem ir os mesmos.
Maurício do Vale (Correio da Manhã)
08 abril 2009
josé socrates,O Cristo da politica Portuguesa
Ver José Sócrates apelar à moral na política é tão convincente quanto a defesa da monogamia por parte de Cicciolina. A intervenção do secretário-geral do PS na abertura do congresso do passado fim-de-semana, onde se auto-investiu de grande paladino da "decência na nossa vida democrática", ultrapassa todos os limites da cara de pau. A sua licenciatura manhosa, os projectos duvidosos de engenharia na Guarda, o caso Freeport, o apartamento de luxo comprado a metade do preço e o também cada vez mais estranho caso Cova da Beira não fazem necessariamente do primeiro-ministro um homem culpado aos olhos da justiça. Mas convidam a um mínimo de decoro e recato em matérias de moral.
José Sócrates, no entanto, preferiu a fuga para a frente, lançando-se numa diatribe contra directores de jornais e televisões, com o argumento de que "quem escolhe é o povo porque em democracia o povo é quem mais ordena". Detenhamo- -nos um pouco na maravilha deste raciocínio: reparem como nele os planos do exercício do poder e do escrutínio desse exercício são intencionalmente confundidos pelo primeiro-ministro, como se a eleição de um governante servisse para aferir inocências e o voto fornecesse uma inabalável imunidade contra todas as suspeitas. É a tese Fátima Felgueiras e Valentim Loureiro - se o povo vota em mim, que autoridade tem a justiça e a comunicação social para andarem para aí a apontar o dedo? Sócrates escolheu bem os seus amigos.
Partindo invariavelmente da premissa de que todas as notícias negativas que são escritas sobre a sua excelentíssima pessoa não passam de uma campanha negra - feitas as contas, já vamos em cinco: licenciatura, projectos, Freeport, apartamento e Cova da Beira -, José Sócrates foi mais longe: "Não podemos consentir que a democracia se torne o terreno propício para as campanhas negras." Reparem bem: não podemos "consentir". O que pretende então ele fazer para corrigir esse terrível defeito da nossa democracia? Pôr a justiça sob a sua nobre protecção? Acomodar o procurador-geral da República nos aposentos de São Bento? Devolver Pedro Silva Pereira à redacção da TVI?
À medida que se sente mais e mais acossado, José Sócrates está a ultrapassar todos os limites. Numa coisa estamos de acordo: ele tem vergonha da democracia portuguesa por ser "terreno propício para as campanhas negras"; eu tenho vergonha da democracia portuguesa por ter à frente dos seus destinos um homem sem o menor respeito por aquilo que são os pilares essenciais de um regime democrático. Como político e como primeiro-ministro, não faltarão qualidades a José Sócrates. Como democrata, percebe-se agora porque gosta tanto de Hugo Chávez.
José Sócrates, no entanto, preferiu a fuga para a frente, lançando-se numa diatribe contra directores de jornais e televisões, com o argumento de que "quem escolhe é o povo porque em democracia o povo é quem mais ordena". Detenhamo- -nos um pouco na maravilha deste raciocínio: reparem como nele os planos do exercício do poder e do escrutínio desse exercício são intencionalmente confundidos pelo primeiro-ministro, como se a eleição de um governante servisse para aferir inocências e o voto fornecesse uma inabalável imunidade contra todas as suspeitas. É a tese Fátima Felgueiras e Valentim Loureiro - se o povo vota em mim, que autoridade tem a justiça e a comunicação social para andarem para aí a apontar o dedo? Sócrates escolheu bem os seus amigos.
Partindo invariavelmente da premissa de que todas as notícias negativas que são escritas sobre a sua excelentíssima pessoa não passam de uma campanha negra - feitas as contas, já vamos em cinco: licenciatura, projectos, Freeport, apartamento e Cova da Beira -, José Sócrates foi mais longe: "Não podemos consentir que a democracia se torne o terreno propício para as campanhas negras." Reparem bem: não podemos "consentir". O que pretende então ele fazer para corrigir esse terrível defeito da nossa democracia? Pôr a justiça sob a sua nobre protecção? Acomodar o procurador-geral da República nos aposentos de São Bento? Devolver Pedro Silva Pereira à redacção da TVI?
À medida que se sente mais e mais acossado, José Sócrates está a ultrapassar todos os limites. Numa coisa estamos de acordo: ele tem vergonha da democracia portuguesa por ser "terreno propício para as campanhas negras"; eu tenho vergonha da democracia portuguesa por ter à frente dos seus destinos um homem sem o menor respeito por aquilo que são os pilares essenciais de um regime democrático. Como político e como primeiro-ministro, não faltarão qualidades a José Sócrates. Como democrata, percebe-se agora porque gosta tanto de Hugo Chávez.
Este artigo foi escrito pelo Jornalista, João Miguel Tavares, do Diário de Notícias, o qual lhe valeu um processo em tribunal movido por socrates, á boa moda ditatorial,
06 abril 2009
As perguntas de Mário Crespo
Porque é que o cidadão José Sócrates ainda não foi constituído arguido no processo Freeport? Porque é que Charles Smith e Manuel Pedro foram constituídos arguidos e José Sócrates não foi? Como é que, estando o epicentro de todo o caso situado num despacho de aprovação exarado no Ministério de Sócrates, ainda ninguém desse Ministério foi constituído arguido? Como é que, havendo suspeitas de irregularidades num Ministério tutelado por José Sócrates, ele não está sequer a ser objecto de investigação? Com que fundamento é que o procurador-geral da República passa atestados públicos de inocência ao primeiro-ministro? Como é que pode garantir essa inocência se o primeiro-ministro não foi nem está a ser investigado? Como é possível não ser necessário investigar José Sócrates se as dúvidas se centram em áreas da sua responsabilidade directa? Como é possível não o investigar face a todos os indícios já conhecidos? Que pressões estão a ser feitas sobre os magistrados do Ministério Público que trabalham no caso Freeport?A quem é que o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público se está a referir? Se, como dizem, o estatuto de arguido protege quem o recebe, porque é José Sócrates não é objecto dessa protecção institucional? Será que face ao conjunto de elementos insofismáveis e já públicos qualquer outro cidadão não teria já sido constituído arguido? Haverá duas justiças? Será que qualquer outro cidadão não estaria já a ser investigado? Como é que as embaixadas em Lisboa estarão a informar os seus governos sobre o caso Freeport? O que é que dirão do primeiro-ministro de Portugal? O que é que dirão da justiça em Portugal? O que é que estarão a dizer de Portugal? Que efeito estará tudo isto a ter na respeitabilidade do país? Que efeitos terá um Primeiro-ministro na situação de José Sócrates no rating de confiança financeira da República Portuguesa? Quantos pontos a mais de juros é que nos estão a cobrar devido à desconfiança que isto inspira lá fora? E cá dentro também? Que efeitos terá um caso como o Freeport na auto-estima dos portugueses? Quanto é que nos vai custar o caso Freeport? Será que havia ambiente para serem trocados favores por dinheiros no Ministério que José Sócrates tutelou? Se não havia, porque é que José Sócrates, como a lei o prevê, não se constitui assistente no processo Freeport para, com o seu conhecimento único dos factos, ajudar o Ministério Público a levar a investigação a bom termo?Como é que a TVI conseguiu a gravação da conversa sobre o Freeport? Quem é que no Reino Unido está tão ultrajado e zangado com Sócrates para a divulgar? E em Portugal, porque é que a Procuradoria-Geral da República ignorou a gravação quando lhe foi apresentada? E o que é que vai fazer agora que o registo é público? Porque é que o presidente da República não se pronuncia sobre isto? Nem convoca o Conselho de Estado? Como é que, a meio de um processo de investigação jornalística, a ERC se atreve a admoestar a informação da TVI anunciando que a tem sob olho? Será que José Sócrates entendeu que a imensa vaia que levou no CCB na sexta à noite não foi só por ter feito atrasar meia hora o início da ópera?
Mário Crespo
28 março 2009
O padre Arrupe, que foi superior-geral dos jesuítas, dizia, com muita graça e profundidade, que de vez em quando gostava de passear pelas ruas e parar diante de uma montra e começar a ver. "Ena!... Tanta coisa de que eu não preciso!" E começava a admirar, a contemplar tudo aquilo de que não precisava! É um exercício óptimo, seria um exercício muito útil se as pessoas se dispusessem a fazê-lo. Este devia ser o nosso antimarketing, ir a grandes superfícies ou a centros comerciais ver tudo aquilo de que não precisamos. A quantidade de coisas que lá estão de que não precisamos nada! O consumismo é uma cultura de criar falsas necessidades e com isso nos domina, infantiliza-nos.
Onde há crise, há esperança!
Vasco Pinto de Magalhães
18 fevereiro 2009
10 fevereiro 2009
Está bem... façamos de conta
Ontem
Ontem
Façamos de conta que nada aconteceu no Freeport. Que não houve invulgaridades no processo de licenciamento e que despachos ministeriais a três dias do fim de um governo são coisa normal. Que não houve tios e primos a falar para sobrinhas e sobrinhos e a referir montantes de milhões (contos, libras, euros?). Façamos de conta que a Universidade que licenciou José Sócrates não está fechada no meio de um caso de polícia com arguidos e tudo.
Façamos de conta que José Sócrates sabe mesmo falar Inglês. Façamos de conta que é de aceitar a tese do professor Freitas do Amaral de que, pelo que sabe, no Freeport está tudo bem e é em termos quid juris irrepreensível. Façamos de conta que aceitamos o mestrado em Gestão com que na mesma entrevista Freitas do Amaral distinguiu o primeiro-ministro e façamos de conta que não é absurdo colocá-lo numa das "melhores posições no Mundo" para enfrentar a crise devido aos prodígios académicos que Freitas do Amaral lhe reconheceu. Façamos de conta que, como o afirma o professor Correia de Campos, tudo isto não passa de uma invenção dos média. Façamos de conta que o "Magalhães" é a sério e que nunca houve alunos/figurantes contratados para encenar acções de propaganda do Governo sobre a educação. Façamos de conta que a OCDE se pronunciou sobre a educação em Portugal considerando-a do melhor que há no Mundo. Façamos de conta que Jorge Coelho nunca disse que "quem se mete com o PS leva". Façamos de conta que Augusto Santos Silva nunca disse que do que gostava mesmo era de "malhar na Direita" (acho que Klaus Barbie disse o mesmo da Esquerda). Façamos de conta que o director do Sol não declarou que teve pressões e ameaças de represálias económicas se publicasse reportagens sobre o Freeport. Façamos de conta que o ministro da Presidência Pedro Silva Pereira não me telefonou a tentar saber por "onde é que eu ia começar" a entrevista que lhe fiz sobre o Freeport e não me voltou a telefonar pouco antes da entrevista a dizer que queria ser tratado por ministro e sem confianças de natureza pessoal. Façamos de conta que Edmundo Pedro não está preocupado com a "falta de liberdade". E Manuel Alegre também. Façamos de conta que não é infinitamente ridículo e perverso comparar o Caso Freeport ao Caso Dreyfus. Façamos de conta que não aconteceu nada com o professor Charrua e que não houve indagações da Polícia antes de manifestações legais de professores. Façamos de conta que é normal a sequência de entrevistas do Ministério Público e são normais e de boa prática democrática as declarações do procurador-geral da República. Façamos de conta que não há SIS. Façamos de conta que o presidente da República não chamou o PGR sobre o Freeport e quando disse que isto era assunto de Estado não queria dizer nada disso. Façamos de conta que esta democracia está a funcionar e votemos. Votemos, já que temos a valsa começada, e o nada há-de acabar-se como todas as coisas. Votemos Chaves, Mugabe, Castro, Eduardo dos Santos, Kabila ou o que quer que seja. Votemos por unanimidade porque de facto não interessa. A continuar assim, é só a fazer de conta que votamos.
Mário Crespo (JN)
Façamos de conta que José Sócrates sabe mesmo falar Inglês. Façamos de conta que é de aceitar a tese do professor Freitas do Amaral de que, pelo que sabe, no Freeport está tudo bem e é em termos quid juris irrepreensível. Façamos de conta que aceitamos o mestrado em Gestão com que na mesma entrevista Freitas do Amaral distinguiu o primeiro-ministro e façamos de conta que não é absurdo colocá-lo numa das "melhores posições no Mundo" para enfrentar a crise devido aos prodígios académicos que Freitas do Amaral lhe reconheceu. Façamos de conta que, como o afirma o professor Correia de Campos, tudo isto não passa de uma invenção dos média. Façamos de conta que o "Magalhães" é a sério e que nunca houve alunos/figurantes contratados para encenar acções de propaganda do Governo sobre a educação. Façamos de conta que a OCDE se pronunciou sobre a educação em Portugal considerando-a do melhor que há no Mundo. Façamos de conta que Jorge Coelho nunca disse que "quem se mete com o PS leva". Façamos de conta que Augusto Santos Silva nunca disse que do que gostava mesmo era de "malhar na Direita" (acho que Klaus Barbie disse o mesmo da Esquerda). Façamos de conta que o director do Sol não declarou que teve pressões e ameaças de represálias económicas se publicasse reportagens sobre o Freeport. Façamos de conta que o ministro da Presidência Pedro Silva Pereira não me telefonou a tentar saber por "onde é que eu ia começar" a entrevista que lhe fiz sobre o Freeport e não me voltou a telefonar pouco antes da entrevista a dizer que queria ser tratado por ministro e sem confianças de natureza pessoal. Façamos de conta que Edmundo Pedro não está preocupado com a "falta de liberdade". E Manuel Alegre também. Façamos de conta que não é infinitamente ridículo e perverso comparar o Caso Freeport ao Caso Dreyfus. Façamos de conta que não aconteceu nada com o professor Charrua e que não houve indagações da Polícia antes de manifestações legais de professores. Façamos de conta que é normal a sequência de entrevistas do Ministério Público e são normais e de boa prática democrática as declarações do procurador-geral da República. Façamos de conta que não há SIS. Façamos de conta que o presidente da República não chamou o PGR sobre o Freeport e quando disse que isto era assunto de Estado não queria dizer nada disso. Façamos de conta que esta democracia está a funcionar e votemos. Votemos, já que temos a valsa começada, e o nada há-de acabar-se como todas as coisas. Votemos Chaves, Mugabe, Castro, Eduardo dos Santos, Kabila ou o que quer que seja. Votemos por unanimidade porque de facto não interessa. A continuar assim, é só a fazer de conta que votamos.
Mário Crespo (JN)
05 fevereiro 2009
Vergonha de RTP
O Caso Freeport e os comentadores -
A RTP prestou um mau serviço à Democracia
O País assistiu a uma edição do programa "Prós e Contras" na RTP que foi uma autêntica tentativa de lavagem do Primeiro Ministro , no caso Freeport.
O País assistiu a uma edição do programa "Prós e Contras" na RTP que foi uma autêntica tentativa de lavagem do Primeiro Ministro , no caso Freeport.
Fátima Campos Ferreira convidou:1 - José Miguel Judice - Presidente da Assembleia Geral do BPP - banco que esta semana foi alvo de buscas pela PJ e pelo Mº Pº;1.1. - José Miguel Judice que foi escolhido por José Sócrates para presidir à reabilitação da Zona Ribeirinha do Tejo;1.2. - José Miguel Judice que foi mandatário de António Costa , do PS, nas eleições para a Câmara Municipal de Lisboa.2 - Dr. Raposo Subtil, amigo de José Sócrates , que exerceu o cargo de professor na UNI, a tal que fez José Sócrates "engº" e que entregou na Ordem dos Advogados uma declaração falsa para poder frequentar o estágio, em 1986;3 - O Secretário de Estado de José Sócrates que viabilizou o projecto Freeport e que em bom rigor terá de ser ouvido -resta saber em que qualidade - no processo Freeport.Como contraponto a estes apoiantes de José Sócrates - viram a virulência do discurso de Raposo Subtil? Mais parecia que estava numa luta entre os "super dragões " e os "no name boys", tal a ânsia de dizer que José Sócrates não é suspeito - temos o Prof. Amorim, o Prof, Saldanha Sanches e o Dr. Morais.Mas dos 5 comentadores principais 4 são pró-PS e pró-Sócrates.A participação no programa é tão pobre que ou faltou a aquiescência de figuras de vulto que podiam contrapor, ou então a RTP quis lavar a imagem pública do PS e de José Sócrates.O caso, todavia, é muito complexo e politicamente insustentável.Por mais que falem, os factos que vieram a público serviriam ,em qualquer país democrático, para o DCIAP já ter constituído arguidos.Nem sei do que está à espera!O Governo Português parece que se esquece que a investigação criminal está também a ser feita no Reino Unido.E que Portugal é um país sem poder nem força na União Europeia.Este programa serviu que nem uma luva para José Sócrates e o PS falarem ao Povo e "venderem"a sua versão.Mas o confronto não é apenas, não está apenas, nas mãos do DCIAP, do Mº Pº, está entre países e daí Cavaco Silva ter dito que ´caso Freeport é um "assunto de Estado".O programa "Prós e Contras" serve a estratégia do PS, mas destroi a credibilidade de Portugal no Mundo.Os ingleses estão a rir-se deste tipo de papalvices.Os portugueses não aceitam como suficientes as "explicações" dadas por José Sócrates, como se vê da sondagem publicada em :http://diario.iol.pt/politica/socrates-freeport-sondagem/1039162-4072.htmlO programa serviu para reforçar a tese de que é necessário dissolver a Assembleia da República, demitir Sócrates, fazer uma investigação pura e dura sobre o caso e responsabilizar quem tiver de ser responsabilizado.O Presidente da República não terá dúvidas que enquanto José Sócrates estiver como PM o Mº Pº não terá coragem de ir até ao fim.Cavaco Silva, que destruiu Santana Lopes , agora está calado, sem força, sem ter a conduta que é exigível: Dissolver a AR e convocar eleições.José Sócrates não pode continuar PM!Santana Lopes foi corrido de PM porque Cavaco Silva lhe carregou em cima, Marcelo Rebelo de Sousa saiu da TVI e porque um ministro disse umas coisas sobre coordenação!Cavaco Silva lembrou então a "Lei de Gresham" para destruir Santana Lopes e destruiu o PSD também, , dando trunfos ao PS.É incompreensível esta dualidade de critério do Presidente da República.Não escondo que não gosto do procedimento de Cavaco Silva, que no último mandato foi um péssimo PM, e que me preocupa a imagem negativa, provinciana, caciquista, medieval que vai passando de Portugal para o Mundo.A União Europeia ficará a saber destas estratégias que não resistem a um espírito informado.POR FIM: O PR deve sensibilizar o PGR para afastar a Drª Cândida de Almeida do DCIAP e do Processo Freeport. Porque os portugueses não são ígnorantes.Os portugueses merecem mais e melhor política.Por Portugal!
Artigo retirado com a devida vénia, do blog do Grande Alentejano e Advogado: José Maria Martins
04 fevereiro 2009
E se com tanta água, um dia a água acabasse?
O que se pede às empresas e às pessoas, face às alterações climáticas, é que poupem um recurso na realidade muito pouco renovável e que implicou elevadíssimos investimentos para ser colocado à disposição. E a mudança que se impõe é a da mentalidade POR GONÇALO CAVALHEIRO* © Ecoprogresso
O que se pede às empresas e às pessoas, face às alterações climáticas, é que poupem um recurso na realidade muito pouco renovável e que implicou elevadíssimos investimentos para ser colocado à disposição. E a mudança que se impõe é a da mentalidade POR GONÇALO CAVALHEIRO* © Ecoprogresso
É incontestável que dos impactes das alterações climáticas os mais fortes se farão sentir na quantidade e qualidade da água disponibilizada tanto para consumo humano como para outros usos absolutamente fundamentais para a vida e para a economia em todo o mundo, tais como a agricultura e indústria.Tanto o projecto SIAM (estudo cientifico sobre impactes das alterações climáticas em Portugal) como os relatórios do Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (órgão das Nações Unidas que congrega mais de mil cientistas de todo o mundo), apontam claramente que Portugal (no contexto da Península Ibérica) é das zonas do globo em que mais se fará sentir uma redução acentuada da precipitação média anual, que em certos modelos pode chegar aos 30%.Mas atenção que esta redução da precipitação média anual verifica-se apesar da projecção para o potencial aumento da precipitação (em particular no Norte) durante curtos períodos dos meses de Inverno. Assim sendo, a pouca chuva que teremos ser-nos-á disponibilizada, digamos… que toda de uma vez. Depois há que saber gerir, porque os verões serão longos, quentes e secos.As alterações climáticas vão colocar novos desafios a todos os actores: desde a administração (central e local), passando por todos os utilizadores – dos mais intensivos como a agricultura, indústria e lazer, aos menos intensivos, como o consumidor humano. Medidas que até agora só são implementadas em períodos de seca, têm que fazer parte do dia-a-dia, mesmo quando chove muito.O que se pede aqui às empresas e às pessoas é que poupem um recurso na realidade muito pouco renovável e que implicou elevadíssimos investimentos para ser colocado à disposição. E a mudança que se impõe é a da mentalidade. A tecnologia e o que é preciso fazer são medidas conhecidas por todos. Não podemos continuar a construir rotundas, plantar relva e regar a horas impróprias, com mecanismos desajustado e desafinados (aspersores que muitas vezes mais parece estarem a regar a estrada do que a relva); não podemos ter sistemas de distribuição de água com perdas que muitas vezes rondam os 50%; não podemos comprar autoclismos sem mecanismos de redução de caudal, nem máquinas de lavar roupa ou loiça que não economizam água; não podemos lavar o carro com água potável e nem sequer as ruas das nossas cidades; não podemos construir casas sem que estas estejam preparadas para recolher a água da chuva e não podemos esperar investir em sectores económicos intensivos no consumo de água sem que seja exigida a utilização das mais avançadas tecnologias de poupança e utilizações alternativas.A água tem um preço que a legislação comunitária obriga que seja cobrado na totalidade aos utilizadores. A cobrança do custo real é talvez a única forma que temos para garantir que no futuro, a água (ou a falta dela) não represente um custo impossível de suportar – o da sobrevivência das espécies (e quem sabe… da nossa).
*Gonçalo Cavalheiro é Director Técnico da Ecoprogresso
03 fevereiro 2009
Não se respira democracia!
Foi triste e degradante ver ontem o programa Prós e Contras da RTP, em que o tema de debate era o FREEPORT; pelo que presenciei na primeira parte (pois era impossivel assitir a tudo) era um jogo em que todos os jogadores eram da mesma equipa, e ainda pior do que isso todos chutavam para a mesma baliza, em democracia assitir a um espectáculo daqueles é degradante, triste, indecente e acima de tudo preocupante, pois queremos procurar a palavra DEMOCRACIA que esses senhores PS tanto apregoam e não a encontramos. Facto curioso era também as ordens que todos tinham para não mencionarem a palavra JOsé Sócrates, apenas podiam dizer: ex- ministro do ambiente....
É caso para dizer: A DEMOCRACIA NO SEU MELHOR!
02 fevereiro 2009
31 janeiro 2009
29 janeiro 2009
Como Se diz cá no Alentejo:
"É á BAMBALHONA!"
Maria de Lurdes Rodrigues não explica
João Pedroso era professor em exclusividade na Universidade de Coimbra quando a ministra o contratou
29.01.2009 - 10h30 (Jornal Público)
Foi por escolha de Maria de Lurdes Rodrigues que João Pedroso, assistente da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, foi contratado, em 2005 e 2007, para sistematizar, em regime de profissão liberal, a legislação sobre Educação publicada nas últimas décadas. Ao promover a sua contratação por um total de 287.980 euros, a ministra teve em conta o currículo profissional de Pedroso, mas não que este estava sujeito ao regime de exclusividade enquanto professor de uma universidade pública.Nos dois anos em que deveria ter feito o trabalho que lhe foi adjudicado pelo Ministério da Educação, Pedroso esteve não só a receber por inteiro o seu ordenado da faculdade - se não estivesse em exclusividade, recebia só 70 por cento - como esteve dispensado da actividade docente para fazer um doutoramento.A violação da exclusividade foi objecto de uma primeira suspeita na Faculdade de Economia, que questionou o docente sobre a sua situação ainda em 2007. Pedroso sustentou que não estava a incorrer em qualquer ilegalidade e o assunto ficou por ali. Em meados do ano passado, quando a faculdade teve conhecimento dos recibos passados por Pedroso ao ministério, em nome individual e no valor de quase 300 mil euros, comunicou o caso à Reitoria, que é quem detém as competências disciplinares nesta matéria. De então para cá nunca mais se soube de nada até que, na semana passada, a Reitoria informou, em resposta a perguntas do PÚBLICO, que tinha sido aberto um "inquérito interno", em data não indicada, para apurar se João Pedroso cometeu alguma "falha disciplinar". O inquérito ainda não está concluído, mas foram pedidos esclarecimentos sobre os contratos ao ministério, o qual, segundo a Reitoria, já respondeu.O PÚBLICO perguntou por escrito a Maria de Lurdes Rodrigues, na segunda-feira, se a ministra sabia, ou se procurou saber, se Pedroso estava em exclusividade quando o contratou, mas não obteve resposta. João Pedroso, que é juiz em situação de licença sem vencimento desde 1990, ocupou cargos de topo na administração pública e em vários gabinetes ministeriais no tempo de António Guterres e é irmão de Paulo Pedroso, que, por sua vez, é colega da ministra e de outras altas figuras do Ministério da Educação num centro de investigação universitário (no ISCTE). João Pedroso não quis falar ao PÚBLICO sobre a questão da exclusividade, dizendo apenas que trabalhou para o ministério "no estrito cumprimento das normas legais em vigor". A numeração dos 14 recibos verdes por ele entregues mostra que, além desses, o jurista passou pelo menos, no mesmo período, outros 14, por serviços prestados a outras entidades (a menos que os tenha inutilizado). O ministério rescindiu o contrato com Pedroso em Dezembro, considerando que ele só tinha feito metade do trabalho contratado e obrigando-o a devolver 133.100 dos 287.980 euros recebidos.
João Pedroso era professor em exclusividade na Universidade de Coimbra quando a ministra o contratou
29.01.2009 - 10h30 (Jornal Público)
Foi por escolha de Maria de Lurdes Rodrigues que João Pedroso, assistente da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, foi contratado, em 2005 e 2007, para sistematizar, em regime de profissão liberal, a legislação sobre Educação publicada nas últimas décadas. Ao promover a sua contratação por um total de 287.980 euros, a ministra teve em conta o currículo profissional de Pedroso, mas não que este estava sujeito ao regime de exclusividade enquanto professor de uma universidade pública.Nos dois anos em que deveria ter feito o trabalho que lhe foi adjudicado pelo Ministério da Educação, Pedroso esteve não só a receber por inteiro o seu ordenado da faculdade - se não estivesse em exclusividade, recebia só 70 por cento - como esteve dispensado da actividade docente para fazer um doutoramento.A violação da exclusividade foi objecto de uma primeira suspeita na Faculdade de Economia, que questionou o docente sobre a sua situação ainda em 2007. Pedroso sustentou que não estava a incorrer em qualquer ilegalidade e o assunto ficou por ali. Em meados do ano passado, quando a faculdade teve conhecimento dos recibos passados por Pedroso ao ministério, em nome individual e no valor de quase 300 mil euros, comunicou o caso à Reitoria, que é quem detém as competências disciplinares nesta matéria. De então para cá nunca mais se soube de nada até que, na semana passada, a Reitoria informou, em resposta a perguntas do PÚBLICO, que tinha sido aberto um "inquérito interno", em data não indicada, para apurar se João Pedroso cometeu alguma "falha disciplinar". O inquérito ainda não está concluído, mas foram pedidos esclarecimentos sobre os contratos ao ministério, o qual, segundo a Reitoria, já respondeu.O PÚBLICO perguntou por escrito a Maria de Lurdes Rodrigues, na segunda-feira, se a ministra sabia, ou se procurou saber, se Pedroso estava em exclusividade quando o contratou, mas não obteve resposta. João Pedroso, que é juiz em situação de licença sem vencimento desde 1990, ocupou cargos de topo na administração pública e em vários gabinetes ministeriais no tempo de António Guterres e é irmão de Paulo Pedroso, que, por sua vez, é colega da ministra e de outras altas figuras do Ministério da Educação num centro de investigação universitário (no ISCTE). João Pedroso não quis falar ao PÚBLICO sobre a questão da exclusividade, dizendo apenas que trabalhou para o ministério "no estrito cumprimento das normas legais em vigor". A numeração dos 14 recibos verdes por ele entregues mostra que, além desses, o jurista passou pelo menos, no mesmo período, outros 14, por serviços prestados a outras entidades (a menos que os tenha inutilizado). O ministério rescindiu o contrato com Pedroso em Dezembro, considerando que ele só tinha feito metade do trabalho contratado e obrigando-o a devolver 133.100 dos 287.980 euros recebidos.
24 janeiro 2009
23 janeiro 2009
O Sebastião
Foi aprovada a proposta de um grupo de Crianças Alentejanas para mudar o nome do computador Magalhães para o nome de Sebastião, quando confrontadas sobre o porquê da mudança, disseram que assim como Dom Sebastião este maldito computador nunca mais chega, e ainda por cima já está pago... Enquanto isto Hugo Chavez joga Poker num Magalhães oferecido pelo director comercial da marca, o próprio José Sócrates.
20 janeiro 2009
18 dezembro 2008
Quase NATAL
Ajuda o meu desejo de mudança Preciso de encher de silêncio estes dias que nos separam do Natal. Preciso de tempo para saborear este mistério do Verbo que se fez carne e quis morar entre nós. Importa, Senhor, que agradeça, com olhos de profundo espanto, a força da Tua amorosa presença no corpo frágil de uma criança.O frenesim dos dias mal me permite, porém, este desejo. Realmente, tenho as horas cheias de pretextos mas falta-me a razão... Multiplico os laços das prendas, mas não desato os nós das relações imperfeitas, com os seus afectos de circunstância, as suas palavras de conveniência, os seus gestos estudados... Troco votos de dias felizes, mas não ponho um tijolo nas correntes de ar que gelam os que não encontram abrigo em nenhum coração.A uma semana de comemorar o Teu nascimento, Senhor, ainda tenho o coração forrado de pano velho; mais velho que as palhas moídas de uma manjedoura.Tu que fazes novas todas as coisas, ajuda o meu desejo de mudança!..
Pe. João Aguia
14 dezembro 2008
09 dezembro 2008
05 dezembro 2008
Parabéns Monsaraz
Touros de morte: Monsaraz «ganha» no Tribunal .O Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja considerou ilegal o não licenciamento do espectáculo taurino de Monsaraz. Segundo a CM Reguengos de Monsaraz, a sentença reconhece como provada a tradição de morte do touro no final de uma lide popular integrada nas festas em honra de Nosso Senhor Jesus dos Passos.
Notícias Alentejo
19 novembro 2008
17 novembro 2008
Será apresentado a 11 de Janeiro 2009, no Centro Cultural da Terrugem, o poemário de José Duarte intitulado “Tarde vão as nuvens”; posteriormente, em data a anunciar, o livro será re-apresentado no auditório da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. O autor nasceu em Terrugem, Elvas, sendo licenciado em Línguas e Literatura Moderno e mestrado em Cinema e Literatura. Publicou em 2006 o seu primeiro trabalho poético “(caminhando) até ti”. O posfácio à obra, vem assinado por Teresa Alves e Teresa Cid.
Fonte:www.ediumeditores.wordpress.com
"Tarde Vão as Nuvens" Novo livro de José Duarte, já à venda 968938085.
Lançamento dia 11 Janeiro às 15.30H, no Centro Cultural da Terrugem.
Lançamento dia 11 Janeiro às 15.30H, no Centro Cultural da Terrugem.
Fonte:www.ediumeditores.wordpress.com
11 novembro 2008
Editorial www.mundotoro.com - 11 de Noviembre de 2008.
Los nazis del Tercer Reich han sido, históricamante, el único sistema ideológico y político que forjó un auténtico cuerpo jurídico ecologista. Y lo hiceron bajo el auspicio y amparo de Adolf Hitler, quien mandó promulgar tres leyes de protección de los animales. La Reichs Tierschutzgesetz de 1933 (Ley de protección de los animales), la Reichs Jagdgesestz (1934) o Ley de la Caza y la Reichs Naturschutzgesetz (Ley de Protección de la Naturaleza) en 1935. Los nazis. Mataron a cientos de miles de judíos, pero trataron de signficarse como hombres distintos, cultos y arios a través de un concepto de sensibilidad hacia los animales sin parangón en la legislación moderna en el mundo occidental. El propio Hitler hablaba de los horrores de los mataderos de ganado cuando alguien comía carne de vaca o cerdo en su presencia.
Hitler, cuentan sus biógrafos, no dejaba fumar delante de su perra Blondi. Los altos mandos nazis de las SS, creadores y ejecutores del genocidio más gigantesco de la historia del hombre, eran vegetarianos, ambientalistas y protectores de los animales. La sociología y filosofía moderna (Luc Ferry entre otros) afirma que esta preocupación nazi por el medioambiente y los animales se basaba en una cuestión estética diferenciadora. Un hecho diferencial frente a razas inferiores. Una naturaleza extraordinaria por extrahumana. El marxismo también ideó, en sus origenes, una especie de cuerpo juridico velador de los animales al lado del Gulag, las matanzas étnicas, las deportaciones y las persecuciones del hombre.Para diferenciarse. Para distinguirse.
Muchos años antes, líderes políticos del Imperio Británico auspiciaron la creación (año 1824) de la RPSCA, primera asociación en defensa de los animales, en Londres, mientras votaban las jornadas de 12 horas en fábricas incipientes con menores de 12 años. Poco después, todo un general servicial capaz de matar las huelgas a sablazos y cañonazos, creaba en Francia la Ley Grammont de defensa de los animales. Más bien, ley sobre el modo de comportarse con ellos en público, sobre todo con el parque de perros de compañía en París, que había crecido en las últimas décadas (año 1850). Para diferenciarse de la barbarie como razón de avanzada metodología de comportamiento occidental. Los sociólogos coinciden en que este “animalismo” europeo del XIX era fruto de un perverso antropocentrismo nacional: soy hombre británico o soy hombre francés y, por tanto, soy superior en inteligencia, sensibilidad y forma de comportarme civilizadamente.
En el año 2008 un grupo de políticos catalanes siguen la estela difenciadora a través de su persecución contra las corridas de toros. Tienen una idea mesiánica nacionalista: perseguir en Cataluña la fiesta de toros hasta su prohibición. Hace pocos meses, un grupo de radical observación del nacionalismo tomó como argumento “diferente” la exclusión de las corridas de toros. Estamos ante una reiterada y patética “estética de lo diferente” o “estética de lo superior”. Un nuevo y palurdo antropocentrismo nacionalista (istas: imperialistas, chaovinistas, nazis-tas, marxistas, catalanistas...) ha elegido el animalismo llevado a su extremo como imagen de seres más civilizados, superiores, más cultos. Más catalanes.
Hace poco esta iniciativa de los nuevos pangercatalanistas sucumbió en el Parlamento Catalán pues Convergencia no votó a favor de la modificación radical del artículo 6 de la Ley Catalana de Defensa de los Animales por no ir en contra de los festejos populares. Ahora, a través de una iniciativa ciudadana legislativa y con sólo 50.000 firmas, pretenden volver a la carga. Pero esta vez dejan fuera a esos festejos que hizo que CIU votara en contra. Esta vez CIU se puede lavar las manos. Esta vez este grupo de incultos, catetos, provincianos vestidos de negro alternativo, de desconocedores de la Historia, de iletrados y escasamente instruidos, pueden hacer que su idea diferencial sea estéticamante similar a la de los nazis, marxistas o imperialistas del siglo XIX. En 2008. Y en Cataluña. La historia se repite.
Los nazis del Tercer Reich han sido, históricamante, el único sistema ideológico y político que forjó un auténtico cuerpo jurídico ecologista. Y lo hiceron bajo el auspicio y amparo de Adolf Hitler, quien mandó promulgar tres leyes de protección de los animales. La Reichs Tierschutzgesetz de 1933 (Ley de protección de los animales), la Reichs Jagdgesestz (1934) o Ley de la Caza y la Reichs Naturschutzgesetz (Ley de Protección de la Naturaleza) en 1935. Los nazis. Mataron a cientos de miles de judíos, pero trataron de signficarse como hombres distintos, cultos y arios a través de un concepto de sensibilidad hacia los animales sin parangón en la legislación moderna en el mundo occidental. El propio Hitler hablaba de los horrores de los mataderos de ganado cuando alguien comía carne de vaca o cerdo en su presencia.
Hitler, cuentan sus biógrafos, no dejaba fumar delante de su perra Blondi. Los altos mandos nazis de las SS, creadores y ejecutores del genocidio más gigantesco de la historia del hombre, eran vegetarianos, ambientalistas y protectores de los animales. La sociología y filosofía moderna (Luc Ferry entre otros) afirma que esta preocupación nazi por el medioambiente y los animales se basaba en una cuestión estética diferenciadora. Un hecho diferencial frente a razas inferiores. Una naturaleza extraordinaria por extrahumana. El marxismo también ideó, en sus origenes, una especie de cuerpo juridico velador de los animales al lado del Gulag, las matanzas étnicas, las deportaciones y las persecuciones del hombre.Para diferenciarse. Para distinguirse.
Muchos años antes, líderes políticos del Imperio Británico auspiciaron la creación (año 1824) de la RPSCA, primera asociación en defensa de los animales, en Londres, mientras votaban las jornadas de 12 horas en fábricas incipientes con menores de 12 años. Poco después, todo un general servicial capaz de matar las huelgas a sablazos y cañonazos, creaba en Francia la Ley Grammont de defensa de los animales. Más bien, ley sobre el modo de comportarse con ellos en público, sobre todo con el parque de perros de compañía en París, que había crecido en las últimas décadas (año 1850). Para diferenciarse de la barbarie como razón de avanzada metodología de comportamiento occidental. Los sociólogos coinciden en que este “animalismo” europeo del XIX era fruto de un perverso antropocentrismo nacional: soy hombre británico o soy hombre francés y, por tanto, soy superior en inteligencia, sensibilidad y forma de comportarme civilizadamente.
En el año 2008 un grupo de políticos catalanes siguen la estela difenciadora a través de su persecución contra las corridas de toros. Tienen una idea mesiánica nacionalista: perseguir en Cataluña la fiesta de toros hasta su prohibición. Hace pocos meses, un grupo de radical observación del nacionalismo tomó como argumento “diferente” la exclusión de las corridas de toros. Estamos ante una reiterada y patética “estética de lo diferente” o “estética de lo superior”. Un nuevo y palurdo antropocentrismo nacionalista (istas: imperialistas, chaovinistas, nazis-tas, marxistas, catalanistas...) ha elegido el animalismo llevado a su extremo como imagen de seres más civilizados, superiores, más cultos. Más catalanes.
Hace poco esta iniciativa de los nuevos pangercatalanistas sucumbió en el Parlamento Catalán pues Convergencia no votó a favor de la modificación radical del artículo 6 de la Ley Catalana de Defensa de los Animales por no ir en contra de los festejos populares. Ahora, a través de una iniciativa ciudadana legislativa y con sólo 50.000 firmas, pretenden volver a la carga. Pero esta vez dejan fuera a esos festejos que hizo que CIU votara en contra. Esta vez CIU se puede lavar las manos. Esta vez este grupo de incultos, catetos, provincianos vestidos de negro alternativo, de desconocedores de la Historia, de iletrados y escasamente instruidos, pueden hacer que su idea diferencial sea estéticamante similar a la de los nazis, marxistas o imperialistas del siglo XIX. En 2008. Y en Cataluña. La historia se repite.
22 outubro 2008
Um milhão de fotos para Manuel Pinho
Um milhão de fotos para Manuel Pinho
A campanha Portugal "West-Cost"já tinha dado grande polémica e escândalo. Houve então uma natural indignação ao saber-se que o governo português, pela mão do ministro Manuel Pinho, tinha pago uma soma astronómica ao fotógrafo Nick Knight por umas fotografias trabalhadas em photoshop, sobre retratos de portugueses famosos. A campanha terá custado à volta de 1 milhão de euros e dava de Portugal não a imagem de um país, mas a imagem de uma marca. O conceito era retorcido e o resultado gráfico decepcionante: mal se reconheciam as caras dos portugueses de excelência num trabalho frio, sem referências à identidade de Portugal.
Os fotógrafos portugueses ficaram irritados. Foram trocados por um estrangeiro e deixaram de receber uma fatia generosa do Ministério da Economia. Também se algum português tivesse ficado com a encomenda jamais teria tido a lata suprema de pedir tais honorários. Manuel Pinho é um amador de fotografia, conhece e convive com alguns fotógrafos portugueses e a sua mulher é em grande parte responsável pelo BesPhoto. Percebe-se que tenha ido buscar uma truta estrangeira para fotografar Portugal. Por prestígio, gosto, e um evidente novo-riquismo pago cá pelos contribuintes. Já Duarte Pacheco nos anos cinquenta contratou o célebre fotógrafo Cecil Beaton para o fotografar no seu gabinete de Ministro das Obras Públicas, no Terreiro do Paço. O corporativismo não pode vingar neste tipo de opções, nem noutras claro. Mas quando depois o resultado é um desastre, alguém deveria assumir as responsabilidades. E aquela campanha foi desastrosa. Bastaria o pequeno pormenor de a campanha ter passado apenas em Portugal, estando a promover o país para estrangeiros que já cá estavam, para o seu objectivo ser de um ridículo atroz. Agora, parece que Manuel Pinho vai repetir a dose com outro fotógrafo que, porventura para não ficar atrás de Nick, vai facturar outro milhão!... Apanhado pela TVI na rua, Manuel Pinho começou às voltas sobre si próprio, como o senhor Faísca do Noddy, evitando responder à pergunta do repórter maçador. Balbuciou que era assunto do turismo e conseguiu sair à pressa da meada feita pelo jornalista. Perante tanta atrapalhação é de crer que vamos ter mais uns retratos extraordinários com um preço extraordinário. É verdade que a qualidade dos fotógrafos, e não só, não se mede ao retrato, nem a peso, nem a metro, mas uma campanha fotográfica de um milhão ultrapassa tudo o que se passa em produções fotográficas, mesmo em Hollyood. E para estar na moda, e brincar ao photoshop sobre umas fotos mal amanhadas, há por cá uma rapaziada que faz melhor e mais barato. E fica tudo em família.
Luiz Carvalho, fotojornalista do EXPRESSO
21 outubro 2008
20 outubro 2008
"Não é um livro qualquer, mas um livro raríssimo, proscrito, retirado do mercado e que, obviamente, não conhecerá mais edições: MATEUS, Rui, Contos Proibidos - Memórias de um PS Desconhecido, Lisboa, Dom Quixote, 1996." www.doportugalprofundo.blogspot.com
Com a crise nas editoras porque não a D Quixote editar este bombástico livro, a todos os interessados enviar mail para que a editora o edite novamente, ou a quem o possua que digitalize as suas melhores partes e publique na net...
Governo quer pagar 1 Milhão de € por seis fotografias!
Há menos de um ano, pagou-se 3 milhões pela campanha «Portugal West Coast» Um milhão de euros por 6 fotografias. A ideia é do próprio Governo português que, mesmo em tempo de crise, está a ponderar seriamente a contratação de um famoso fotógrafo norte-americano para vender a imagem de Portugal no estrangeiro, noticiou a «TVI».
Certo é que o prestigiado fotógrafo Steven Klein faz-se pagar e muito bem. Fazendo contas, caso a contratação vá para a frente, cada fotografia vai custar uma bagatela de quase 170 mil euros. Um milhão de euros por meia dúzia de fotografias e com direitos de utilização por apenas dois anos. Serão estes os termos de um contrato que a «TVI» sabe estar a ser negociado com o célebre fotógrafo americano Steven Klein.
O artista está no topo da fotografia mundial e é autor de campanhas publicitárias de nomes como Dolce&Gabanna, Calvin Klein e outras marcas de renome mundial.
É também o fotógrafo de eleição para Madonna e pode vir a ser o fotógrafo mais bem pago pelo Estado português. Isto, claro está, se for em frente o negócio da sua contratação.
A «TVI» diz que interrogou o ministro da Economia sobre o negócio, mas Manuel Pinho foi no mínimo económico nas respostas. O ministro sacode para o turismo de Portugal que por sua vez, e pela voz do presidente Luís Patrão, não confirmou nem desmentiu a existência deste negócio.
Certo é que o prestigiado fotógrafo Steven Klein faz-se pagar e muito bem. Fazendo contas, caso a contratação vá para a frente, cada fotografia vai custar uma bagatela de quase 170 mil euros. Um milhão de euros por meia dúzia de fotografias e com direitos de utilização por apenas dois anos. Serão estes os termos de um contrato que a «TVI» sabe estar a ser negociado com o célebre fotógrafo americano Steven Klein.
O artista está no topo da fotografia mundial e é autor de campanhas publicitárias de nomes como Dolce&Gabanna, Calvin Klein e outras marcas de renome mundial.
É também o fotógrafo de eleição para Madonna e pode vir a ser o fotógrafo mais bem pago pelo Estado português. Isto, claro está, se for em frente o negócio da sua contratação.
A «TVI» diz que interrogou o ministro da Economia sobre o negócio, mas Manuel Pinho foi no mínimo económico nas respostas. O ministro sacode para o turismo de Portugal que por sua vez, e pela voz do presidente Luís Patrão, não confirmou nem desmentiu a existência deste negócio.
13 outubro 2008
O vasto e extravagante mundo dos pequenos gastos do Estado
12.10.2008 - 09h01 Ricardo Dias Felner
As compras feitas por organismos do Estado, nomeadamente por empresas públicas, autarquias e ministérios, revelam a existência das mais variadas necessidades, luxos e caprichos.Na listagem de contratações de bens e serviços feitas por ajuste directo, só nos últimos dois meses, cabem desde a compra de uma garrafa de detergente Sonasol, passando pelo carregamento de oito viagens de autocarro na Carris de Lisboa, até a serviços de restauração, no âmbito de eventos camarários, equivalentes a quase 70 mil euros. A alteração da lei da contratação pública permitiu que o ajuste directo possa ser usado para empreitadas de valor inferior a 150 mil euros, para a aquisição de bens e serviços abaixo dos 75 mil euros e para "outros contratos" de valor inferior a 100 mil euros. Utilizando-se um regime excepcional, como em "casos de urgência imperiosa", esses montantes podem ainda subir aos cinco milhões de euros. Ainda assim, o serviço de compras do Estado por ajuste directo - que desde 30 de Julho deste ano passou a obrigar à sua publicitação num portal do Governo na Internet - ainda não está a ser usado com regularidade, uma vez que muitas das aquisições não estão a ser feitas por esta via. São sobretudo algumas câmaras municipais que têm usado mais este expediente. As compras por ajuste directo não requerem qualquer concurso público, nem a consulta a mais do que um fornecedor, mas os contratos só produzem efeitos depois de publicitados no endereço http://www.base.gov.pt. Aí são apresentados os bens ou serviços comprados (nem sempre de forma esclarecedora) e os seus valores, bem como quem são os fornecedores e compradores.Gondomar sempre em festaDos cerca de 1600 registos que podem actualmente ser consultados, uma boa parte tem que ver com o pagamento de serviços no âmbito de festividades locais.A Câmara de Gondomar, por exemplo, tem levado este tipo de eventos muito a sério, nomeadamente quando se trata de alimentar os munícipes. Um serviço de restauração, contratado "no âmbito do programa Gondomar no Sameiro de Braga", em finais de Agosto, custou 67.742 euros. E, aparentemente, Valentim Loureiro, presidente da câmara, não quis que nenhum gondomarense deixasse de comer o petisco por falta de transporte - pelo "aluguer de vários autocarros", para o efeito, desembolsou mais 33.250 euros.A base de dados dos "ajustes directos" revela ainda que as câmaras são, provavelmente, quem mais contrata músicos e bandas portuguesas. E neste campeonato as desigualdades são gritantes. Voltando a Gondomar, três dias depois do evento no Sameiro, a câmara pagou 23.815 euros pela contratação de David Fonseca para cantar nas Festas do Concelho.O valor é mais alto do que o que Marco Paulo (20.400 euros) custou à autarquia de Lagos, mas mais baixo do que o montante que a mesma autarquia pagou de “cachet” à banda Da Weasel (28.200). Já a actuação de Rui Veloso levou da Câmara de Elvas 28.600 euros, um recorde entre os registos consultáveis no portal relativo aos ajustes directos. Na segunda divisão, em termos de custo de espectáculos, estão bandas e artistas como a fadista Ana Moura (9750 euros), Quim Barreiros (6250) ou os Wraygunn (8400). Vinho e decoraçãoHá, contudo, no portal muitas outras coisas para além de concertos pagos com o dinheiro dos contribuintes portugueses. Duas dessas compras, aparentemente mais extravagantes, provêm do Governo.O gabinete do primeiro-ministro, por exemplo, parece apostado em levar boa parte do “stock” do vinho tinto da Quinta do Vale Meão, um Douro já profusamente usado por José Sócrates durante a presidência portuguesa da União Europeia. Desta feita, no passado dia 2 de Setembro, foram adquiridos 6840 euros em garrafas, da colheita de 2006, "para oferta a entidades estrangeiras", directamente ao produtor Francisco Olazabal.Sucede que a compra pode ser um privilégio do primeiro-ministro. A Garrafeira de Campo de Ourique, uma loja-referência, em Lisboa, questionada sobre o preço da garrafa, respondeu que o Quinta do Vale Meão 2006 só começará a ser comercializado na segunda quinzena de Novembro. Este vinho, mas da colheita de 2004, foi o melhor classificado entre os vinhos portugueses no ranking anual da prestigiada revista norte-americana Wine Spectator, conseguindo a 19.ª posição.Bastante mais, no entanto, gastou a secretaria-geral do Ministério da Justiça em decoração. Oito carpetes custaram 22.265 euros numa compra concretizada no passado dia 22 de Setembro. O fornecedor foi a empresa Tapeçarias Ferreira de Sá, localizada em Espinho, especializada em tapeçaria decorativa, artesanal, através da técnica do nó manual. A qualidade da decoração portuguesa parece estar na origem de um outro pagamento mais inusual. Desta vez, trata-se da compra do serviço de "transporte de mobiliário e objectos pessoais", de um coronel do Exército, para Itália. O Estado-Maior General das Forças Armadas pagou 7300 euros pelo trabalho à Anditrans - Transportes Internacionais, Lda.
As compras feitas por organismos do Estado, nomeadamente por empresas públicas, autarquias e ministérios, revelam a existência das mais variadas necessidades, luxos e caprichos.Na listagem de contratações de bens e serviços feitas por ajuste directo, só nos últimos dois meses, cabem desde a compra de uma garrafa de detergente Sonasol, passando pelo carregamento de oito viagens de autocarro na Carris de Lisboa, até a serviços de restauração, no âmbito de eventos camarários, equivalentes a quase 70 mil euros. A alteração da lei da contratação pública permitiu que o ajuste directo possa ser usado para empreitadas de valor inferior a 150 mil euros, para a aquisição de bens e serviços abaixo dos 75 mil euros e para "outros contratos" de valor inferior a 100 mil euros. Utilizando-se um regime excepcional, como em "casos de urgência imperiosa", esses montantes podem ainda subir aos cinco milhões de euros. Ainda assim, o serviço de compras do Estado por ajuste directo - que desde 30 de Julho deste ano passou a obrigar à sua publicitação num portal do Governo na Internet - ainda não está a ser usado com regularidade, uma vez que muitas das aquisições não estão a ser feitas por esta via. São sobretudo algumas câmaras municipais que têm usado mais este expediente. As compras por ajuste directo não requerem qualquer concurso público, nem a consulta a mais do que um fornecedor, mas os contratos só produzem efeitos depois de publicitados no endereço http://www.base.gov.pt. Aí são apresentados os bens ou serviços comprados (nem sempre de forma esclarecedora) e os seus valores, bem como quem são os fornecedores e compradores.Gondomar sempre em festaDos cerca de 1600 registos que podem actualmente ser consultados, uma boa parte tem que ver com o pagamento de serviços no âmbito de festividades locais.A Câmara de Gondomar, por exemplo, tem levado este tipo de eventos muito a sério, nomeadamente quando se trata de alimentar os munícipes. Um serviço de restauração, contratado "no âmbito do programa Gondomar no Sameiro de Braga", em finais de Agosto, custou 67.742 euros. E, aparentemente, Valentim Loureiro, presidente da câmara, não quis que nenhum gondomarense deixasse de comer o petisco por falta de transporte - pelo "aluguer de vários autocarros", para o efeito, desembolsou mais 33.250 euros.A base de dados dos "ajustes directos" revela ainda que as câmaras são, provavelmente, quem mais contrata músicos e bandas portuguesas. E neste campeonato as desigualdades são gritantes. Voltando a Gondomar, três dias depois do evento no Sameiro, a câmara pagou 23.815 euros pela contratação de David Fonseca para cantar nas Festas do Concelho.O valor é mais alto do que o que Marco Paulo (20.400 euros) custou à autarquia de Lagos, mas mais baixo do que o montante que a mesma autarquia pagou de “cachet” à banda Da Weasel (28.200). Já a actuação de Rui Veloso levou da Câmara de Elvas 28.600 euros, um recorde entre os registos consultáveis no portal relativo aos ajustes directos. Na segunda divisão, em termos de custo de espectáculos, estão bandas e artistas como a fadista Ana Moura (9750 euros), Quim Barreiros (6250) ou os Wraygunn (8400). Vinho e decoraçãoHá, contudo, no portal muitas outras coisas para além de concertos pagos com o dinheiro dos contribuintes portugueses. Duas dessas compras, aparentemente mais extravagantes, provêm do Governo.O gabinete do primeiro-ministro, por exemplo, parece apostado em levar boa parte do “stock” do vinho tinto da Quinta do Vale Meão, um Douro já profusamente usado por José Sócrates durante a presidência portuguesa da União Europeia. Desta feita, no passado dia 2 de Setembro, foram adquiridos 6840 euros em garrafas, da colheita de 2006, "para oferta a entidades estrangeiras", directamente ao produtor Francisco Olazabal.Sucede que a compra pode ser um privilégio do primeiro-ministro. A Garrafeira de Campo de Ourique, uma loja-referência, em Lisboa, questionada sobre o preço da garrafa, respondeu que o Quinta do Vale Meão 2006 só começará a ser comercializado na segunda quinzena de Novembro. Este vinho, mas da colheita de 2004, foi o melhor classificado entre os vinhos portugueses no ranking anual da prestigiada revista norte-americana Wine Spectator, conseguindo a 19.ª posição.Bastante mais, no entanto, gastou a secretaria-geral do Ministério da Justiça em decoração. Oito carpetes custaram 22.265 euros numa compra concretizada no passado dia 22 de Setembro. O fornecedor foi a empresa Tapeçarias Ferreira de Sá, localizada em Espinho, especializada em tapeçaria decorativa, artesanal, através da técnica do nó manual. A qualidade da decoração portuguesa parece estar na origem de um outro pagamento mais inusual. Desta vez, trata-se da compra do serviço de "transporte de mobiliário e objectos pessoais", de um coronel do Exército, para Itália. O Estado-Maior General das Forças Armadas pagou 7300 euros pelo trabalho à Anditrans - Transportes Internacionais, Lda.
01 outubro 2008
Rui Guerra
Foto: www.toureio.com
Decorridas algumas décadas depois da Terrugem ter tido um cavaleiro amador, Joaquim Vinagre "Orelhas", grande aficionado à festa dos toiros que chegou a apresentar-se em público na Praça de Toiros de Elvas.
A esperança de vir-mos a ter um novo toureiro está aì de novo ; chama-se Rui Guerra e começou este ano as suas lides taurinas, apresentou-se pela primeira vez em São Cristóvão (Montemor) e agora em Santiago Maior (Alandroal) tendo deixado muito boas impressões. Esperamos agora a apresentação na praça da sua terra no início do próximo ano e que seja novamente um êxito. Um grande "OLÈ" para este jovem toureiro Alentejano e Terrugense.
22 setembro 2008
Como dizia Vasco Santana: "Abaixo o fado!!!" Mas só nas touradas....
Assistimos no passado dia 13 de Stembro na bonita localidade de Moura a uma grande corrida de toiros. Comemorava-se o centenário da praça de toiros e a corrida era à Antiga Portuguesa, diga-se que foi uma grande organização, casa cheia; de louvar pois ao mesmo tempo decorria na feira um concerto de Mafalda Veiga. A corrida também resultou, vivia-se um grande ambiente como vem sendo normal em Moura, o Grupo da terra encerrava-se sozinho com seis toiros Grave. Mas quanto a mim (mero aficionado) houve um factor que falhou; foi a banda de música trocada neste caso por acompanhamento de guitarras Portuguesas e fado, quanto a mim (grande admirador de fado) isto não resulta, o fado é para os sitios certos e não para uma praça de toiros. Com uma praça cheia, tanto de espectadores como de momentos vibrantes, faltava a alegria que um pasodoble nos transmite, a vibração das suas notas que aliadas a uma boa lide nos levam a uma emoção sem limites. Já tenho ido a funerais mais alegres; comparar as guitarras com uma banda filarmónica, é comparar a electricidade com o toucinho. O regulamento taurino também me dá razão e estou convicto que a esmagadora maioria dos aficionados também.
09 setembro 2008
Antitaurinos mostram a sua cobardia.
Un grupo de antitaurinos ha profanado hoy la tumba del diestro salmantino Julio Robles, cuyos restos descansan en el panteón familiar que su familia posee en el cementerio de Ahigal de los Aceiteros, en Salamanca.
Los autores de la profanación, que enviaron comunicados a diversos periódicos locales para dar cuenta de su acción, intentaron abrir por la fuerza la cripta y, al no conseguirlo, se llevaron consigo la efigie del diestro charro que presidía la tumba y provocaron cuantiosos destrozos.
Los autores de la profanación, que enviaron comunicados a diversos periódicos locales para dar cuenta de su acción, intentaron abrir por la fuerza la cripta y, al no conseguirlo, se llevaron consigo la efigie del diestro charro que presidía la tumba y provocaron cuantiosos destrozos.
www.mundotoro.com 5-9-2008
05 setembro 2008
Elvas taurina
Foi inaugurada no passado dia 30 de Agosto, pelo Regedor, a nova Praça de Touros de Barbacena que vem juntar-se às duas outras estruturas desmontáveis adquiridas pelo Palácio do Regedor e entregues às freguesias de S. Vicente e Vila Boim. Recorde-se que para além do Coliseu na sede de Concelho existem ainda outras duas praças de touros em Santa Eulália e Terrugem.Com esta nova estrutura dedicada ao espectáculo taurino, Elvas tornou-se no Concelho de Portugal com mais estruturas desta natureza.
ERC Autoriza touradas na TV a partir das 22.30 Horas
Regulação. Depois de uma queixa contra a emissão de touradas antes das 22.30, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social analisou o caso. E concluiu que o espectáculo "não constitui uma influência negativa para as crianças", apesar de já ter havido uma decisão contrária em tribunalRTP1 exibe hoje uma corrida de touros às 22.00A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) deliberou ontem que as estações generalistas podem emitir touradas antes das 22.30, pois, no entender desta entidade, as corridas de touros não constituem uma influência negativa na formação das crianças ou adolescentes. Esta deliberação da ERC deve-se a uma queixa de um espectador, indignado pelo facto de a TVI ter emitido uma tourada antes das 22.30, no dia 5 de Junho deste ano, programa intitulado Trinta Anos de Alternativa de João Moura. Recorde-se que, há três meses, o Tribunal de Lisboa proibiu a RTP1 de transmitir uma tourada antes das 22.30, depois de uma providência cautelar interposta pela Associação Animal, por considerar que se tratava de um programa violento.A Entidade Reguladora justifica a sua decisão por considerar "que as corridas de toiros à portuguesa não constituem, no sentido do artigo 27.º, n.º 2, da Lei da Televisão, programas susceptíveis de influírem de modo negativo na formação da personalidade das crianças ou de adolescentes, não se lhes aplicando, por conseguinte, a imposição de transmissão entre as 22 horas e 30 minutos e as 6 horas, acompanhada da difusão permanente de identificativo visual".Em declarações ao DN, Azeredo Lopes, presidente da Entidade Reguladora, justificou a decisão da ERC com base na legislação em vigor, que "permite que crianças com mais de seis anos possam assistir ao espectáculo", além de admitir, em certos casos, os touros de morte. Quanto à decisão do Tribunal de Lisboa, Azeredo Lopes justifica que não tem jurisprudência, pois foi "uma decisão para um caso concreto".Assim sendo, na opinião do regulador, não foram violados os limites que a lei estabelece em relação à liberdade de programação e, por isso, não se justifica restringir essa mesma liberdade. Esta ideia é explícita na deliberação do conselho regulador da ERC, que não reconhece "a existência, no conteúdo do programa em causa, de qualquer elemento susceptível de extravasar os limites à liberdade de programação".Aliás, neste mesmo documento - que estará disponível no site da ERC nos próximos dias (www.erc.pt) -, a entidade afirma que "as crianças e os jovens são diariamente expostos a influências, desprovidas de arrimo na tradição ou sequer valor cultural, que, de muito longe, são mais violentas e prejudiciais do que as touradas - e nem nesses casos, necessariamente, cede a liberdade de programação".
Maria João Espadinha - DN
03 setembro 2008
Vale a pena reler a entrevista de Catalina Pestana
Vale a pena ler a entrevista de Catalina Pestana, séria, verdadeira, triste e revoltante; reveladora de uma grande Mulher calada pelo poder politico vigente...
1ª Parte da entrevista
http://downloads.sol.pt/pdf/ed56_Casapia.pdf
2ª Parte da entrevista
http://downloads.sol.pt/pdf/ed57_Casapia.pdf
1ª Parte da entrevista
http://downloads.sol.pt/pdf/ed56_Casapia.pdf
2ª Parte da entrevista
http://downloads.sol.pt/pdf/ed57_Casapia.pdf
O Segredo de José Tomás
Reuteurs
Silencioso dentro y fuera de la plaza. Misterioso en su toreo y en su vida. El torero más mediático del siglo XXI pasa por ser el más desconocido
BARQUERITO
Silencioso dentro y fuera de la plaza. Misterioso en su toreo y en su vida. El torero más mediático del siglo XXI pasa por ser el más desconocido
BARQUERITO
La fama de persona inaccesible conforma la sustancia del perfil de José Tomás. Como si fuera un ser huraño o misántropo. Ni lo uno ni lo otro. Fue y sigue siendo irrenunciable la voluntad de mantener su vida privada al margen de las leyes del mercado mediático. Salvo excepciones muy calculadas. Es manifiesto que no le gustan ni los periódicos ni las cámaras ni los micrófonos. No es de ahora. Pero es ahora cuando elige a capricho y rigurosamente fotógrafos, radios y demás testigos. Los más generosos documentos gráficos sobre su vida y andanzas durante los últimos doce meses se encuentran en una publicación trimestral francesa: 'Terres Taurines'. La edita y dirige André Viard, matador de toros ya retirado, de Vieux-Boucau, en la Francia taurina del Oeste. Viard ha escrito de José Tomás bellísimas palabras. No huecas, no banales, no tópicas. «José Tomás, el mero nombre es sinónimo de autenticidad», ha puntualizado Viard en un editorial de la web de 'Terres Taurines'. A propósito de la corrida de Madrid del 5 de junio. Insólitos, y en España inéditos, documentos sobre las dos últimas etapas mexicanas del torero han aparecido casi en secreto en 'Terres Taurines'. Es fácil suponer que tal tratamiento provoque una inevitable distancia: cuesta ponerse al nivel del refinamiento de Viard, y de su sensibilidad de torero. Con Viard se puede hablar, y dejar hacer y transcribir. Pero no siendo Viard, tal vez no se pueda ni se deba. Todavía en su primera época, José Tomás delegó atenciones y obligaciones en una jefa de prensa, Olga Adeva. Su pantalla de protección: como unas gafas de sol, de aparente transparencia, joven, de su misma edad. Sintonía sencilla entre los dos. Cronista taurina de la agencia France Press en Madrid, colaboradora de publicaciones taurinas varias y del precario equipo de prensa del que dispusieron los hermanos Lozano durante sus trece años de empresarios de Madrid, encargada de la edición de libros y textos taurinos de la editorial Espasa. Olga Adeva cumplió sin protagonismo y con impecable cordialidad su papel de cómplice del torero. A veces parecía su ángel de la guarda. Además de hacer de él un ser casi invisible y mudo, Olga cumplió dos misiones mayores. Una a la contra: filtrar y cribar periodistas taurinos, desanimar y aburrir a los curiosos sin indisponerlos, preservar a José Tomás en una supuesta burbuja inmune a las habladurías; y otra de positivo fondo y mayor alcance: ir abriendo al torero un hueco cada vez mayor en la épica escrita. Sin dejarlo asomar ni ponerlo en la diana. Blindado y, por tanto, invulnerable.No había duda de que José Tomás estaba destinado a ser torero con literatura. Mejor o peor. No fue ni sencillo ni complicado darle carga literaria al mero deseo de José Tomás de vivir al margen del ruido y acoso de radios, televisiones, prensa escrita o información de la red. Allanó el camino la fama gratuita de raro que José Tomás se crió a su debido tiempo. No está, no sabe, no contesta. Permanentemente reunido consigo mismo. Por decirlo de alguna manera. Entre 1999 y 2002 esa política en apariencia inocua trajo consigo el germen del mito. Icono protegido por un cerco de distancia. Intocable, visible sólo en parte. Cuando hubo que mover hilos para categorizar la reaparición de 2007, aquella red protectora resultó buen campo de cultivo. Las dotes persuasoras de Olga Adeva lograron que esa voluntad de evaporarse o desaparecer no fuera tomada por despecho ni desdén. Sino interpretada generosamente como el descanso del guerrero. La línea paralela de su concepto del toreo, o de su manera de sentirlo y hacerlo. LOS PASOS Y EL SILENCIODos son las características con que desde un principio vino a dibujarse el estilo de José Tomás: sus silencios y su forma de posarse. Muy pocos habrán toreado con menos ayuda de la voz que él. La voz es un recurso técnico para torear, y hay incluso toros que necesitan la alegría de la llamada como un reclamo. Pero la voz es también el rompedero de la angustia que inevitablemente acompaña al torero durante una faena. Por la voz se va el miedo, se libera o sale. De manera que, cuanto más silencioso es un torero, en más se tiene su valor.La otra dimensión es, en paralelo, la del ruido de los pasos. Los pasos con que se llega a la cara del toro o se sale de ella. Los que ahí se pierden o se ganan, y que definen una de las reglas de pureza del toreo moderno: la ligazón. José Tomás ha sido de siempre torero bien posado. De muy suaves pisadas y, claro, de poco moverse. O de no moverse nada. Por eso se ha hablado más de una vez de su tancredismo. Se puede torear a pies juntos o a compás abierto. Los gustos y las modas han ido por épocas. Y de frente o de perfil o dando el medio pecho y hasta se puede torear al revés. Y lo mismo: para gustos los colores. No hay una tauromaquia única y sola, ni un solo y único patrón. Ni siquiera se puede sostener en rigor que haya un sitio donde embisten todos los toros o donde no hay toro que se resista. La apuesta de José Tomás ha sido fundamentalmente por el toreo de perfil y a pies juntos, modo y variante modal que estaban casi arrumbados cuando apareció su persona en el gran teatro del toreo. Modo arrumbado en España. No en México, cuya tauromaquia de pies juntos resultó decisiva para el ideal técnico y estético de José Tomás en sus años de formación. De perfil y a pies juntos, y la adición de dos notas que encarecen y enriquecen el modelo: la quietud y el ajuste en los embroques. ¿La tauromaquia de Manolete? Muy semejante. Con otro toro, otro público, otra manera de ser el espectáculo, otra época. Y otra figura física. Muy distinto el porte. Relevantes y esdrújulos en el ámbito de una plaza de toros y delante de un toro, el silencio y el reposo fueron de pronto seña de José Tomás. Una cosa y otra se tradujeron con muchas palabras: que el torero parecía aparecerse, o que era como una aparición. Y otras hipérboles algo más pedestres: torero de otra galaxia, o marciano. Si se examina con detalle el repertorio gráfico de Manolete, más rico que variado, se adivina ese toque de silencio. Tan de la época. Hace setenta años Manolete trató de vivir escondido de la curiosidad pública. Era muy sencillo. La biografía que Carmen Esteban publicó hace un año de Lupe Sino, amante de Manolete, desvela bien la estirpe moral del gran torero. La presentación del libro de Carmen Esteban en febrero de 2007 fue la circunstancia elegida por José Tomás para hacerse visible y presente en Madrid. Por un día. Fugazmente. Sin pretensiones aparentes. Se interpretó como una rareza genial lo que fue una gentileza de gran amigo. Detalle revelador. SU HOMBRE DE CONFIANZALos banderilleros y picadores que han desfilado por su cuadrilla coinciden en que José Tomás es la sencillez misma. Los dos lidiadores de la primera época, Luciano Núñez y Miguel Sánchez Cubero, han sido toreros muy buenos: largos y competentes. Cubero, todavía en activo, se comporta en el ruedo como hombre de confianza. Lo es y se percibe bien si se observa con lupa la lidia de un toro de José Tomás. Ser el decano de la cuadrilla le confiere autoridad con el resto de la tropa. Porque, además de gran profesional, es persona exquisita. Aficionado de tino. Es el hermano menor del difunto Yiyo. Una cuadrilla tan profesional y rigurosa aportó al José Tomás torero gran equilibrio. Mozo de espadas es uno de los tres hermanos varones de José Tomás. Ni una palabra más alta que otra. En los tumultos ha ejercido de guardaespaldas. Ayuda de mozo de espadas, un íntimo de la familia. De Galapagar de toda la vida. Se apoda Kiki. Después de la retirada de 2002 este Kiki anduvo metido en negocios taurinos. Dicen que la presencia más elocuente o de más peso dentro de ese entorno es la del padre de José Tomás, que fue alcalde electo de Galapagar por el Partido Popular no hace tanto. Tiene fama de vigilar estrechamente cuanto concierne a las finanzas. No es portavoz del torero pero como si lo fuera. Se deja encontrar y le gusta salir. En el círculo de José Tomás no está prohibido hablar, pero como si lo estuviera.Con frases del padre se ha tratado de sustentar la insostenible teoría de que José Tomás ha sido víctima de alguna conspiración de taurinos profesionales y adláteres. El torero más generosamente alabado, loado, cantado, respetado y encumbrado por la mediática del toro ha sido, durante la última década, José Tomás. El que más. Con abismal diferencia. A José Tomás se le ha identificado en lenguaje de calle con todas las divinas palabras. La autenticidad, según André Viard. Y la verdad, la pureza, el enigma, la espiritualidad, lo solemne, el hechizo, la rebeldía de conciencia, lo insondable, lo inefable, lo etéreo, lo eterno, la magia, el misterio... La connotación religiosa es fortísima. En la frontera entre lo religioso y lo sectario. Que es la novedad del asunto. El grado de devoción se ha situado en tal nivel que la menor observación crítica sobre José Tomás, en una mera charla de aficionados, ha llegado a considerarse insultante. LA ERÓTICA DEL DINEROSacralizada la figura, y erigida a su lado una sombra de inquisición, la mínima disidencia se castiga como contraria a la ortodoxia. Ajena al carácter del torero, ha ido tomando forma la figura de un dogma encarnado en su persona. Una especie de religión única, anatematizadora, excluyente, capaz de crear herejes por la simple necesidad de destruirlos. Uno de los síntomas del credo es la virulencia con que en casi todas las plazas se increpa a los músicos de banda que pretenden acompañar una faena para celebrarla. Se tiene por profanación o irreverencia. Los años de residencia y retiro en Estepona pusieron a José Tomás en contacto con la persona que, según vox populi de las tertulias taurinas de la plaza madrileña de Santa Ana, ideó la estrategia de la reaparición y la tasó en dinero. Luis Chica, un ingeniero industrial ya jubilado, gran aficionado de los de toda la vida. Dobla en edad a José Tomás. Mentor en su momento de un torero paisano, Juan Carlos García, que estuvo a punto de despegar hace una década y no llegó a hacerlo. A la inteligencia de Chica se atribuye el paso a paso de las fechas y el órdago de las cifras que José Tomás cobra. Más dinero que nadie nunca jamás. ¿90 millones por dos tardes en Madrid? En la corte de seguidores de José Tomás hay un factor menor pero nada desdeñable: el de la erótica del dinero que se mueve en torno a él. No será por dinero.
Publicado no Jornal Hoy
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