28 setembro 2007

O Cante

O cante alentejano é outro som
é voz que se constrói como instrumento.

Mas não é cante sem - é cante com.
O cante alentejano é mais de dentro.

Voz do avesso quase gesso quase cal
unha no branco: esse é o ritmo.

O cante alentejano é espiral
de logaritmo em logaritmo

Manuel Alegre

26 setembro 2007

Portugal / Roménia

Foto: David Andrade

Râguebi: Portugal perde (14-10) com a Roménia mas sai do Mundial debaixo de aplausos
25.09.2007 - 20h58 Lusa
A selecção portuguesa de râguebi despediu-se hoje da fase final do Mundial de 2007 com uma derrota por 14-10 frente à Roménia. O XV nacional estava a ganhar a oito minutos do fim da partida, mas um ensaio dos romenos impediu que o primeiro Mundial dos portugueses terminasse com uma vitoria.
A formação das quinas chegou ao intervalo a vencer por 7-0, graças a um ensaio do pilar Joaquim Ferreira, aos 18 minutos, seguido de transformação por parte de Duarte Cardoso Pinto, mas não aguentou na segunda metade a pressão dos romenos.Depois de a Roménia ter igualado a 10, Portugal ainda chegou aos 10-7, através de um pontapé de Gonçalo Malheiro, mas, a oito minutos do final, os romenos conseguiram novo ensaio e viraram em definitivo o resultado.No final do jogo, algum jogadores não conseguiram conter as lágrimas, juntamente com o capitão Vasco Uva - que assistiu à partida no banco de suplentes, lesionado -, numa altura em que os "Lobos" saíam do relvado aplaudidos pelo público de Toulouse e pelo XV da Roménia.

25 setembro 2007

Alentejos


O Alentejos. No Barreiro.Um restaurante inteiramente dedicado à cozinha, aos sabores e à cultura gastronómica das várias regiões do Alentejo. O que há de melhor dos vários Alentejos.
Em todos eles, o restaurante Alentejos recuperou as autênticas receitas da cozinha de outros tempos e trá-las de novo ao prazer de todos. Feitas com ingredientes genuinos, das melhores origens e proveniências, de todas as partes do Alentejo.
O espaço. E o tempo. Recatado, discreto, simples e acolhedor proporciona o conforto e a tranquilidade de uma refeição bem degustada, com tempo para saborear, conversar, sentir, viver.
Virado para o rio, no novo edifício Esteiros do Tejo, no final da Av. Alfredo da Silva com a Rua Miguel Pais, o restaurante Alentejos deixa-se encontrar por quem procura uma mesa farta e sossegada. Com tempo.

24 setembro 2007

20 setembro 2007

14 setembro 2007

A juventude Elvense merecia mais!!

Este "Cromático" é um dos cabeças de cartaz para o São Mateus de Elvas deste ano; repleto de música, pimba e de mau gosto ( com excepção do fado, claro ) Cidade que se quer identificar com a cultura, e bom exemplo disso é o novo MACE, devia ter mais cuidado na escolha dos artistas, de estilos mais abrangentes e diversificados, sem esquecer a qualidade. Agora um cromo destes que canta com barrete de campino, camisa da seleção e crucifixo ao pescoço, (Faltando ao respeito a tão importantes simbolos de Portugal) não deveria ter cabimento nesta festas. Outro facto curioso é quase todos os artistas serem acompanhados das suas "Bailarinas", se a moda pega qualquer dia é ver o José António" em vez dos seus "socialistas amestrados", arranjar também um grupo de bailarinas.

11 setembro 2007

Força Portugal


Foi extremanente emocionante ver os "Lobos" cantar o Hino de Portugal.
E foi engraçado na comparação, ver a seleção de futebol também "cantar" o Hino, pareciam uns caniches.
Viva o Rugby Português ,
Viva Portugal!!!

Elvas no seu melhor???

Entra-se na rotunda, ao centro está a estátua de um ganadeiro - "inaugurada pelo presidente da câmara de Elvas, Rondão de Almeida". Dali sai-se para uma rua larga: estamos na avenida Rondão de Almeida. A meio da rua há uma fonte. Com uma placa - "arranjos urbanos exteriores inaugurados por Rondão de Almeida". E o bairro, como se chama? Será?... Que não senhor, esta zona não se chama assim: "O bairro Rondão... é lá mais para cima."Estamos em Santa Eulália, uma das sete freguesias rurais do concelho de Elvas. Como as restantes (11 no total, contando as da cidade), a aldeia guarda em pedra o périplo de inaugurações do presidente da autarquia. Já lá vão muitos anos - 14 - que o socialista José António Rondão de Almeida lidera a câmara elvense. O que é o mesmo que dizer que já lá vão muitas inaugurações. E neste concelho alentejano isso é sinónimo de placa evocativa. Os habitantes falam em dezenas. O próprio Rondão de Almeida não faz por menos e fala em centenas. Com orgulho e sem ver razão para que alguém se admire: "É muito bom sinal haver placas por todo o lado com o meu nome, como entidade que o fez. É porque há obra. E qual é a obra que não tem uma placa a marcar a inauguração?!".Nem toda a gente concorda. "Elvas bem podia deixar de se chamar Elvas", diz João Picado, militar reformado: "Não sou a favor nem contra o presidente. Ele tem feito muitas coisas, mas é a obrigação dele, é a obrigação de qualquer autarca."Vasco Pulido Valente, numa crónica no Público, chamou-lhe em tempos a Rondónia. É que, placas de inauguração à parte, Rondão de Almeida também faz parte da toponímia - dá nome à avenida de Santa Eulália e a uma das urbanizações da freguesia -, e a alguns equipamentos do concelho. Um lar em Vila Fernando, um parque subterrâneo no centro histórico de Elvas e o mais monumental dos novos edifícios da cidade: o coliseu Rondão de Almeida. "Deviam era homenagear pessoas da história de Elvas", concordam Sandra Silva e Elizabete Maurício, duas jovens elvenses. "Não acho nem bem nem mal, isso vai do critério dele", diz por sua vez Francisco Valentim.Rondão de Almeida diz que não, que não foi e não é do seu critério. Que durante três mandatos, e apesar dos pedidos, não consentiu que se pusesse o seu nome onde quer que fosse. Depois, abriu um precedente. "Em Santa Eulália pediram para pôr o meu nome numa avenida, dizendo que tinham a tradição de pôr nomes de presidentes. Pensei: 'não deixa de ter algum jeito'. Abriu-se assim o precedente. Depois, Vila Fernando também pediu". Argumenta que já não podia dizer que não: "Entre as aldeias do concelho há uma grande rivalidade."Um "rondosismo completo"Um "pecadilho" será a forma de resumir como os elvenses, mesmo os mais críticos, olham para tanta profusão de citações do nome do presidente da câmara. A avaliação da acção do autarca parece roçar o unanimismo. "Tem sido um presidente que tem auxiliado as pessoas", diz Paula Garriapa, 41 anos, habitante de Santa Eulália. "Antes estava tudo escavacado, agora as ruas estão arranjadinhas", corrobora Francisco José Badalo, 72 anos, de Vila Fernando, que diz votar em Rondão de Almeida "desde sempre". "A cidade melhorou bastante", "nota-se muito a diferença", sublinham também Sandra e Elizabete. Ouça-se então a oposição elvense, pela voz de Eurico Candeias, do PSD, vereador sem pelouro no município: "Fez coisas que mais nenhum Executivo fez. É um trabalhador nato e quando pensa executar uma obra, faz. É um homem com coragem política." Um discurso muito diferente das guerras de comunicados e conferências de imprensa que em tempos manteve com o presidente da câmara. O social-democrata faz um resignado encolher de ombros - "O povo gosta dele, dá-lhe uma grande maioria, até demais, a oposição fica sem voz... Até a direita vota nele... Isto é um rondosismo completo". Que se explica como? A resposta do próprio Rondão de Almeida é um desfilar de obras e programas: "Hoje, o concelho de Elvas tem 16 polidesportivos, estádios de futebol e de atletismo, piscinas, museus, lares e centros de dia em todas as freguesias, é um concelho que ocupa todos os jovens que estão desempregados, que tem o cartão da Idade de Ouro" para os mais velhos. E excursões patrocinadas pela câmara a Fátima, à Batalha e a Braga. E jantares anuais, mais o jantar de Natal para maiores de 60. Rondão de Almeida usa a expressão "as minhas obras", invoca-as como a razão para votações na ordem dos 60 a 70% que tem registado em sucessivas eleições autárquicas. Mas garante que não gosta de unanimismos: "Fico satisfeito por, de quando em quando, encontrar uma pessoa que me olha de lado."
Susete Francisco (DN)