Defender a nossa Concepção do Mundo
por Diogo Palha*9 de Junho, 2008
O Mundo caminha de forma estranha... Cada vez mais os fanáticos conseguem tornar-se politicamente correctos "vendendo" uma imagem de gente moderna e actualizada.
Numa sociedade ocidental que parecer querer esquecer o valor dos "valores" cada vez são mais os cidadãos que se demitem de pensar pela sua própria cabeça e se limitam a ser regidos pelo que a imprensa e as televisões ditam. E os jornais e televisões, sedentos da venda fácil e garantida, também se demitem do rigor, da qualidade, do dever e responsabilidade de opinion-makers em troca de tudo o que sendo fracturante lhes cheira a escandalo e confronto.
É bom que os cidadãos, aficionados e indiferentes, compreendam que o que separa os amantes da Festa Brava dos auto-proclamados defensores dos animais não são seis farpas cravadas num toiro, que se curam em meia duzia de dias, talvez os mesmos ou até menos que um lutador de boxe demora a curar as feridas de um combate. O que nos separa é uma concepção do mundo!
De uma forma muitíssimo estranha mas bem trabalhada (fruto dos muitos milhões de euros que os financiadores destas associações de pseudo-defensores dos animais investem em manifestações de 25 gatos pingados e em estruturas permanentes bem pagas para defenderem os seus interesses) estes fanáticos pseudo-defensores dos animais conseguem muitas vezes parecer estar do lado politicamente correcto. E isto é preocupante e problemático não por causa da Festa Brava mas sobretudo porque estes tipos, volto a repetir fanáticos, defendem coisas que são uma completa inversão do mundo no qual vivemos e que construimos.
Peço-vos que se dêem ao trabalho de visitarem os sites destes individuos para saberem o que esta gente preconiza! Verão que a parte referente aos toiros é apenas uma gota de água que eles muito bradam porque lhes dá mediatismo. Mas se perderem 5 minutos terão oportunidade de saber que estes senhores pretendem um mundo de vegetarianos, preconizam a libertação das galinhas, entendem que a espécie humana é igual às outras e que por isso qualquer dominio dos animais é errado, são contra os animais de raça pois isso é um atentado ao amor livre (do tipo se uma cadela boxer se apaixonar por um cão pastor alemão é legitimo que possam viver o seu amor não acham?!?!), são contra a caça, contra o circo, contra o hipismo, contra a utilização da àguia Vitória no Benfica, contra a existência de vedações que impedem os animais de andar de propriedade em propriedade, etc., etc.
Mas atenção, estes individuos não só são contra estas coisas como entendem que o Estado deve dotá-los de Poder para colocarem na prisão todos os toureiros e todos os aficionados, todos os que montam a cavalo, todos os tratadores de leões e dos golfinhos, o Juan Barnabé (dono da águia Vitória), todos os donos de canídeos que não deixam as suas cadelas satisfazer o cio com quem bem entendem e também todos os omnivoros que gostam de uma boa costeleta de novilho, de um copo de leite, de um ovo ou de um chouriço. Se pensam que estou a exagerar peço-vos que leiam o artigo 164.º da proposta orientadora para um futuro Código de Protecção dos Animais da autoria da Associação Animal.
No outro dia numa revista de grande tiragem vinha uma reportagem na qual um importante lider destes fanáticos se assumia como veganosexual (não sei se é assim que se escreve), ou seja, alguém que só admite relacionar-se com vegetarianos. Dizia a reportagem que estas pessoas têm nojo de beijar alguém que come carne... Independentemente das convicções e da opção de vida de cada um poderá vir isto da cabeça de pessoas equilibradas? Será este o tipo de pessoas a quem queremos dar credibilidade? Será este o tipo de pessoas que queremos que influencie as decisões dos nossos governantes e da sociedade na qual vivemos e onde queremos educar os nossos filhos e netos?
Esta pergunta que deixo, não a deixo aos aficionados porque conheço a resposta, mas deixo aos indiferentes e deixo mesmo àqueles que não gostam de corridas de toiros por não gostarem de ver as farpas no toiro. Tenham atenção a quem dão crédito e a quem olham como politicamente correctos. É que hoje estes seres vivos querem acabar com as Corridas de Toiros, coisa que até vos pode ser indiferente, mas amanhã vão querer acabar com os Talhos e com as Leitarias e isso já é capaz de não ser tão indiferente!
Infelizmente a maioria de nós, membros da sociedade, trabalhadores, pagadores de impostos, gente que procura fazer e ser feliz, estamos desligados da vida politica e da vida associativa. Isto está tudo tão dificil e tudo nos parece tão pouco credível que apenas olhamos para o nosso umbigo e até isso já nos dá muito que fazer.
Mas a verdade é que todos, em muitos domínios da vida, temos de por mãos à obra, dar opinião, unir esforços, participar, mobilizar, sentirmo-nos mobilizados e chamados à nossa responsabilidade.
Em especial nós aficionados e apaixonados pelo mundo rural, temos de reagir a estes ataques que nos ofendem e nos enxovalham. Está na hora de dizer aos pseudo-intelectuais urbano-depressivos que na nossa concepção do mundo, que é a que está certa, os animais não são bonecos animados! A Miss Piggy é que é uma porca que fala, se apaixona e pinta as unhas mas no mundo real as porcas servem para ter porquinhos que depois são alimentados, crescem, são mortos e deles fazem-se as febras, os presuntos, o fiambre, as salchichas e os chouriços! E o mesmo acontece às vacas e às galinhas. Sorte tem o Toiro bravo que vive o dobro dos outros bovinos, com 10 vezes mais espaço e em locais maravilhosos, onde é tratado como um rei. Depois é verdade que leva seis farpas na pele num quarto de hora de combate para o qual toda a vida se preparou. Não duvidem que se os Bovinos tivessem opinião todos queriam ser da raça Brava!
Como tenho vindo a defender há mais de 2 anos em muitos artigos aqui escritos, está na hora das Associações da Festa se juntarem e formarem a Plataforma de Defesa e Promoção da Festa, para a uma só voz, mostarem à sociedade e aos poderes do nosso País e da Europa que os doentes não somos nós mas sim aqueles que defendem um Mundo que nunca houve e que não existirá.
Penso que o Maestro Vítor Mendes, que ainda a semana passada falou brilhantemente no Parlamento Europeu, seria um excelente líder para esta Plataforma e que todos temos, mas em especial as figuras (Toureiros, Ganaderos, Empresários e Forcados), a Obrigação e o Dever de defender a Festa dos Toiros e, sobretudo, esta concepção do Mundo na qual o Homem domina e por isso pode montar-se no cavalo que domou e pode comer um belo bife do novilho que criou!
* Diogo Palha é um dos sócios da Tauromania, Lda.. Exerce a sua actividade profissional como gerente das empresas PTX-Promotextil e 1001T-shirts, Lda., estudou Economia no Instituto Superior de Economia e Gestão e é especializado em Marketing pela Universidade Católica Portuguesa. Pegou no Grupo de Forcados Amadores de Santarém desde 2002 até 2008, tendo antes pegado no Grupo de Vila Franca entre 1994 e 2001. Foi um dos fundadores da Associação Nacional de Grupo de Forcados e vice-presidente da sua primeira Direcção.
por Diogo Palha*9 de Junho, 2008
O Mundo caminha de forma estranha... Cada vez mais os fanáticos conseguem tornar-se politicamente correctos "vendendo" uma imagem de gente moderna e actualizada.
Numa sociedade ocidental que parecer querer esquecer o valor dos "valores" cada vez são mais os cidadãos que se demitem de pensar pela sua própria cabeça e se limitam a ser regidos pelo que a imprensa e as televisões ditam. E os jornais e televisões, sedentos da venda fácil e garantida, também se demitem do rigor, da qualidade, do dever e responsabilidade de opinion-makers em troca de tudo o que sendo fracturante lhes cheira a escandalo e confronto.
É bom que os cidadãos, aficionados e indiferentes, compreendam que o que separa os amantes da Festa Brava dos auto-proclamados defensores dos animais não são seis farpas cravadas num toiro, que se curam em meia duzia de dias, talvez os mesmos ou até menos que um lutador de boxe demora a curar as feridas de um combate. O que nos separa é uma concepção do mundo!
De uma forma muitíssimo estranha mas bem trabalhada (fruto dos muitos milhões de euros que os financiadores destas associações de pseudo-defensores dos animais investem em manifestações de 25 gatos pingados e em estruturas permanentes bem pagas para defenderem os seus interesses) estes fanáticos pseudo-defensores dos animais conseguem muitas vezes parecer estar do lado politicamente correcto. E isto é preocupante e problemático não por causa da Festa Brava mas sobretudo porque estes tipos, volto a repetir fanáticos, defendem coisas que são uma completa inversão do mundo no qual vivemos e que construimos.
Peço-vos que se dêem ao trabalho de visitarem os sites destes individuos para saberem o que esta gente preconiza! Verão que a parte referente aos toiros é apenas uma gota de água que eles muito bradam porque lhes dá mediatismo. Mas se perderem 5 minutos terão oportunidade de saber que estes senhores pretendem um mundo de vegetarianos, preconizam a libertação das galinhas, entendem que a espécie humana é igual às outras e que por isso qualquer dominio dos animais é errado, são contra os animais de raça pois isso é um atentado ao amor livre (do tipo se uma cadela boxer se apaixonar por um cão pastor alemão é legitimo que possam viver o seu amor não acham?!?!), são contra a caça, contra o circo, contra o hipismo, contra a utilização da àguia Vitória no Benfica, contra a existência de vedações que impedem os animais de andar de propriedade em propriedade, etc., etc.
Mas atenção, estes individuos não só são contra estas coisas como entendem que o Estado deve dotá-los de Poder para colocarem na prisão todos os toureiros e todos os aficionados, todos os que montam a cavalo, todos os tratadores de leões e dos golfinhos, o Juan Barnabé (dono da águia Vitória), todos os donos de canídeos que não deixam as suas cadelas satisfazer o cio com quem bem entendem e também todos os omnivoros que gostam de uma boa costeleta de novilho, de um copo de leite, de um ovo ou de um chouriço. Se pensam que estou a exagerar peço-vos que leiam o artigo 164.º da proposta orientadora para um futuro Código de Protecção dos Animais da autoria da Associação Animal.
No outro dia numa revista de grande tiragem vinha uma reportagem na qual um importante lider destes fanáticos se assumia como veganosexual (não sei se é assim que se escreve), ou seja, alguém que só admite relacionar-se com vegetarianos. Dizia a reportagem que estas pessoas têm nojo de beijar alguém que come carne... Independentemente das convicções e da opção de vida de cada um poderá vir isto da cabeça de pessoas equilibradas? Será este o tipo de pessoas a quem queremos dar credibilidade? Será este o tipo de pessoas que queremos que influencie as decisões dos nossos governantes e da sociedade na qual vivemos e onde queremos educar os nossos filhos e netos?
Esta pergunta que deixo, não a deixo aos aficionados porque conheço a resposta, mas deixo aos indiferentes e deixo mesmo àqueles que não gostam de corridas de toiros por não gostarem de ver as farpas no toiro. Tenham atenção a quem dão crédito e a quem olham como politicamente correctos. É que hoje estes seres vivos querem acabar com as Corridas de Toiros, coisa que até vos pode ser indiferente, mas amanhã vão querer acabar com os Talhos e com as Leitarias e isso já é capaz de não ser tão indiferente!
Infelizmente a maioria de nós, membros da sociedade, trabalhadores, pagadores de impostos, gente que procura fazer e ser feliz, estamos desligados da vida politica e da vida associativa. Isto está tudo tão dificil e tudo nos parece tão pouco credível que apenas olhamos para o nosso umbigo e até isso já nos dá muito que fazer.
Mas a verdade é que todos, em muitos domínios da vida, temos de por mãos à obra, dar opinião, unir esforços, participar, mobilizar, sentirmo-nos mobilizados e chamados à nossa responsabilidade.
Em especial nós aficionados e apaixonados pelo mundo rural, temos de reagir a estes ataques que nos ofendem e nos enxovalham. Está na hora de dizer aos pseudo-intelectuais urbano-depressivos que na nossa concepção do mundo, que é a que está certa, os animais não são bonecos animados! A Miss Piggy é que é uma porca que fala, se apaixona e pinta as unhas mas no mundo real as porcas servem para ter porquinhos que depois são alimentados, crescem, são mortos e deles fazem-se as febras, os presuntos, o fiambre, as salchichas e os chouriços! E o mesmo acontece às vacas e às galinhas. Sorte tem o Toiro bravo que vive o dobro dos outros bovinos, com 10 vezes mais espaço e em locais maravilhosos, onde é tratado como um rei. Depois é verdade que leva seis farpas na pele num quarto de hora de combate para o qual toda a vida se preparou. Não duvidem que se os Bovinos tivessem opinião todos queriam ser da raça Brava!
Como tenho vindo a defender há mais de 2 anos em muitos artigos aqui escritos, está na hora das Associações da Festa se juntarem e formarem a Plataforma de Defesa e Promoção da Festa, para a uma só voz, mostarem à sociedade e aos poderes do nosso País e da Europa que os doentes não somos nós mas sim aqueles que defendem um Mundo que nunca houve e que não existirá.
Penso que o Maestro Vítor Mendes, que ainda a semana passada falou brilhantemente no Parlamento Europeu, seria um excelente líder para esta Plataforma e que todos temos, mas em especial as figuras (Toureiros, Ganaderos, Empresários e Forcados), a Obrigação e o Dever de defender a Festa dos Toiros e, sobretudo, esta concepção do Mundo na qual o Homem domina e por isso pode montar-se no cavalo que domou e pode comer um belo bife do novilho que criou!
* Diogo Palha é um dos sócios da Tauromania, Lda.. Exerce a sua actividade profissional como gerente das empresas PTX-Promotextil e 1001T-shirts, Lda., estudou Economia no Instituto Superior de Economia e Gestão e é especializado em Marketing pela Universidade Católica Portuguesa. Pegou no Grupo de Forcados Amadores de Santarém desde 2002 até 2008, tendo antes pegado no Grupo de Vila Franca entre 1994 e 2001. Foi um dos fundadores da Associação Nacional de Grupo de Forcados e vice-presidente da sua primeira Direcção.